Arquivos de abril, 2018

17, abril 2018 7:41
Por admin

Introdução à História e colapso da Civilização

 

A sociedade moderna está repleta de contradições, sob a forma de paradoxos e de omissões no atendimento das necessidades das pessoas. Comecemos pelos paradoxos.

 

Primeiro paradoxo:

 

A união das pessoas é uma necessidade. É sobre ela que a civilização foi construída. Mas essa união tem sido cada vez mais precária nos tempos modernos.

Foi em prol da segurança que as pessoas se reuniram em grupos familiares, em tribos, em nações e na criação da República. Foram essas diversas formas de união que garantiram a sobrevivência da humanidade. Por que então o paradoxo? As pessoas se unem por afeto ou interesse. Quando a afetividade e o interesse coletivo são negligenciados essa união ocorre apenas por interesse pessoal. É o que acontece com a sociedade moderna. Ao dilapidar a ética e os valores morais e sentimentais, a união das pessoas torna-se frágil e instável, pronta a se romper. Impera o egoísmo que leva à desconfiança, à corrupção, à deterioração da sociedade e ao colapso da civilização.

 

Segundo paradoxo:

 

Tudo que compõe o universo é energia; entretanto a humanidade está em permanentes conflitos e guerras por sua causa. A energia se manifesta em várias formas e condições, luz, calor, ondas eletromagnéticas, matéria, mas é una. Tudo é energia. Ela é tão abundante quanto é grande o universo. Assim, fazer guerra por ela é um paradoxo.

Dizer que há falta de energia é falsidade ou ignorância. O que há são seu mau uso e seu desperdício, ambos pela visão mesquinha do homem. Fala-se muito em produzir energia. Essa expressão é uma impropriedade, pois a energia é o fundamento de todo o mundo material. Ela não é criada, apenas transformada.

 

Terceiro paradoxo:

 

Há na natureza uma profusão de riquezas que atendem a todas as necessidades básicas do homem. No entanto as carências de toda natureza e a fome atingem um bilhão de seres humanos, o que é um paradoxo.

Ao homem foi concedida a prerrogativa de criar instrumentos e aumentar a produção natural através do seu trabalho. Assim fazendo, ele incorpora valor àquilo que produz. Como as riquezas da natureza, as criadas pelo homem deveriam ser dirigidas para sua sobrevivência e engrandecimento. Mas não é assim. A apropriação da riqueza por poucas pessoas não gerou apenas o progresso e o conhecimento, mas também relações de dependência e de conflitos que estagnaram um grande contingente humano na miséria e na ignorância.

As disputas pela riqueza, que fazem parte do cotidiano da humanidade, geram guerras e situações de submissão que resultam em sofrimento e infelicidade. A corrida pela hegemonia econômica e bélica trouxe a destruição de riquezas naturais, a miséria e o genocídio. A dependência do ser humano imobiliza sua criatividade e a própria produção social. Essas disputas são resultado de um comportamento humano egoísta, que transforma a abundância em miséria e sofrimento.

 

Quarto paradoxo:

 

As leis da natureza são para todos. Qualquer infração a elas, de onde quer que venha, terá a resposta adequada e predeterminada. As leis dos homens já não são assim. Só excepcionalmente elas se aplicam com equidade. Esse é outro paradoxo.

Nossas leis são produzidas pelo grupo hegemônico da sociedade para a defesa de seus interesses e o constrangimento dos outros, os subalternos. Além disso, o sistema de poder cria instrumentos para defender os membros privilegiados das castas sociais do rigor da lei, quais sejam, a manipulação do poder, a pressão política e o uso da força. Os meios para isso são o dinheiro e o poder do Estado, ambos com grande potencial de coação.

Quando não se consegue a impunidade dos membros das castas por meios institucionais, usam-se outros métodos, como a corrupção, a chantagem e o uso privado da força. Essa desigualdade é a negação do princípio republicano de que todos são iguais perante a Lei, além de permitir a manipulação do poder, o que faz da democracia uma farsa. As representações políticas refletem o poder real dos grupos sociais, não da maioria da população, como se divulga. Isso compromete outro princípio republicano, a soberania da vontade dos cidadãos. O poder nas mãos de uns poucos leva à concentração de renda e aumenta os conflitos sociais, tornando-se obstáculo ao desenvolvimento humano.

É preciso ter sempre em mente que só há democracia verdadeira quando imperam os princípios republicanos, a soberania popular, o respeito às leis, a igualdade de oportunidade, a liberdade, enfim, a cidadania plena para todos. Não há democracia verdadeira sem República, não há República sem soberania nacional.

 

Quinto paradoxo:

 

O modo de vida consumista praticado nos países mais ricos e as tecnologias destrutivas que o possibilitam estão em contradição com a capacidade da natureza de recuperar-se. Sua expansão para todos levaria ao colapso da natureza, outro paradoxo.

Há falsidade quando as nações mais capitalizadas querem impor aos outros povos sua cultura, seus hábitos e costumes, sua arte, sua língua, sem que haja possibilidade de oferecer-lhes o padrão de vida que suas populações usufruem. Como a cultura de um povo é, sobretudo, sua adequação às condições concretas de sua existência, essa exportação cultural é uma farsa, um engodo. O fato a ressaltar é que as nações do consumismo não podem ser modelo para os povos, porque sua cópia representaria o colapso da natureza. Visto por esse ângulo, só uma nova civilização preservará a humanidade.

 

* * *

 

Somam-se a esses paradoxos uma série de omissões, relativas a questões que exigem soluções imediatas, mas que são proteladas ou tratadas com descaso. Isso mostra que estamos atravessando um período de grandes contradições na sociedade que se mostra incapaz de resolver os problemas que afligem as pessoas. Esses problemas são:

O mau uso dos recursos naturais, que produz poluição e escassez. O descaso com as pessoas, que mostra que nossa sociedade foi incapaz de superar o elitismo e a prática escravista do colonialismo. A violência, que a mídia banaliza e expõe de forma irresponsável em enlatados de mau gosto, postura que revela uma aberração: preparar as pessoas para aceitar as guerras e sua desumanidade. Ela corrói a sociedade e as instituições e está contribuindo para o colapso da própria civilização.

Nossa sociedade ainda trata as diferenças com discriminação. Ela ignora que a diversidade biológica é necessária à preservação da espécie e a cultural é um recurso para superar o colapso das civilizações. Quando se discrimina, vê-se uma qualidade como defeito, um trunfo como uma desvantagem. Os colonialistas agiam dessa maneira para desqualificar os povos que colonizavam, ou escravizavam. A discriminação é um instrumento das nações mais ricas na sua investida para submeter governos, com o objetivo de impor suas políticas que visam sempre espoliar os povos e as pessoas mais pobres.

 

* * *

 

Para que tudo isso possa ocorrer, há um processo em curso de alienação da população, preparando-a para aceitar todos esses paradoxos e as omissões em relação à satisfação de suas necessidades humanas. A alienação coroa as contradições da sociedade e acentua o descalabro que se torna rotina na sociedade e nos governos que a representam. Ela tem como finalidade maior impedir que a população reaja às políticas impatrióticas das elites dominantes e às intervenções externas que elas apoiam. Tudo isso leva o país ao marasmo, à perda de sua identidade, de sua autonomia, tornando-o instrumento e vítima da dominação externa. Nesse quadro, não se pode esperar uma superação da condição de subordinação em que nos encontramos.

Dentre essas políticas danosas estão, a depredação da natureza, fonte de lucros para seus exploradores, e o esquecimento dos valores que norteiam toda coletividade para seu desenvolvimento e preservação. Mas a natureza não é passível de alienação. Suas leis são imutáveis e implacáveis. Suas respostas são contundentes, o que aumenta o risco das pessoas e da própria civilização, pois as pessoas se esquecem rapidamente dos desastres naturais. Mas haverá um momento em que a natureza dará seu basta a tudo isso.

Essas contradições são um desafio para todos nós. Foram elas que balizaram as pesquisas e as interpretações dos fatos históricos aqui relatados. Esse cuidado visou buscar na história informações e inspirações para a análise dos acontecimentos atuais e a tomada de consciência dos problemas que o homem moderno enfrenta. Entretanto, cada leitor pode ter uma visão diferente da do autor. Isso deve levá-lo às suas próprias pesquisas e interpretações. Além disso, a história é dinâmica. Ela está sempre em marcha. Cabe, portanto, a todos buscar compreender as causas e efeitos que movimentam a história, e tentar evitar novos impasses. Isso se faz através da superação de nossos pensamentos e nossas práticas sociais. Façamos isso!

 

 

15, abril 2018 4:47
Por admin

A Lei e a Ordem – III

As máscaras estão caindo

Arnaldo Mourthé

Nós vimos falando em mudança, em Lei e em Ordem. Isso porque há três naturezas de leis que temos a considerar, as leis do Homem, as da Natureza e as Espirituais. As dos Homens nos condicionam na nossa vida em sociedade. As da Natureza regulam nossas relações com ela própria. Entretanto, estas não dependem de nós, representam condições externas a nós e para aplicá-las devemos conhecê-las. Esse conhecimento pode ser empírico ou científico, mas é necessário. O filósofo inglês Francis Bacon, que conceituou o método experimental, dizia: A natureza só é comandada se é obedecida. Isto é, se quisermos usufruir da Natureza, além do que ela já oferece a todos, é preciso conhecer suas leis.

As leis Espirituais disciplinam toda a existência, incluindo as leis da Natureza. Elas regulam todas as relações do Universo, físicas ou espirituais. Entretanto, nós só as vemos como normas de disciplina do nosso comportamento, porque essa é a leitura que as religiões fazem delas. Elas vão muito atém disso, pois regulam tudo que existe, todo nosso Universo e outros universos. Para haver um Universo é preciso um ordenamento segundo leis imutáveis, envolvendo todas suas partes, pelo menos segundo o alcance de nossa inteligência limitada. Do contrário, seria o caos, o nada. Com a visão estreita das religiões, por mais sinceras que sejam elas, não podemos conceber a transição por que passa o Planeta Terra, da mesma forma que não se concebia que a Terra fosse esférica, e se transladava em torno do Sol, há pouco mais de 500 anos. Colombo penou para convencer o Rei de Portugal, que o recusou, e à Rainha Isabel da Espanha, que confiou nele e, assim, fez da Espanha o maior império da Terra por mais de um século. Defensor da Teoria de Copérnico, depois amplamente confirmada, o frei dominicano Giordano Bruno foi condenado por heresia e queimado vivo em Roma, em 1600.

Essas leis imutáveis regulam todo o Universo, a vida e as relações humanas, incluindo nossos sentimentos. Elas foram feitas para construir e fazer evoluir tudo que já foi e está sendo construído. Nelas não há espaço para a destruição, senão para a transformação do que existe para criar no seu lugar algo superior. A Lei de Lavoisier é um exemplo disso. Ela pode ser resumida na expressão: No mundo nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.

Alguém pode contestar, dizendo: “Como isso é possível? Nós assistimos a destruição da Natureza e da vida humana nas guerras e nas disputas pessoais”. Acontece que essa destruição que vemos é feita por nós mesmos, apesar de sermos criados para construir, como seres criativos, enquadrados pelas leis Espirituais. E por que nem sempre o fazemos? Porque, para criar, é preciso do livre arbítrio. É esse atributo que nos permite ser criativos. Mas, ao aplicá-lo nós quase sempre erramos, porque estamos sempre investigando e a investigação acaba por destruir aquilo que é investigado. O texto acima, entretanto, parece contraditório. Fomos criados para construir, mas nossa ação destrói. Esse fenômeno é o da aprendizagem. Tudo que se aprende passa pelo fazer, e para isso é preciso conhecer as leis que permitem a criação. A destruição que vemos é apenas no plano material. No espiritual tudo se conserva ou mesmo tempo que evolui. A evolução se refere ao grau de vibração do ser, cada vez mais sutil.

A Lei da criação é a do Amor. Isso quer dizer, do respeito às leis espirituais e ao outro ser, humano ou não. Isso explica porque as doutrinas budista e cristã se assentam sobre o amor incondicional, que os católicos chamam de amor ao próximo. Toda a existência humana é voltada para sua evolução através do desenvolvimento de seu poder criativo, não de uma coisa qualquer, mas daquilo que favorece a vida e à sua evolução até que possamos chegar à perfeição existencial, enquanto espírito. Mas é difícil – podemos dizer impossível – compreender isso se acreditarmos nos dogmas que enquadram nossos pensamentos através de preceitos, ditos sagrados, mas que são apenas humanos, pois são demolidos sistematicamente pela evolução do conhecimento humano. Para admitir ser correto o que está escrito acima é preciso admitir, pelo menos, duas coisas basilares: a vida eterna do espírito, e a reencarnação como forma de obter experiência gradualmente para sua evolução. Não quero convencer ninguém de nada. Apenas julgo ser meu dever informar sobre o “Evento” que irá acontecer brevemente, no processo de nossa evolução que envolve todo o Planeta, que já saiu do espaço da 3ª. Vibração para o da 4ª. Vibração.

Tudo que venho dizendo de uns tempos para cá visa despertar as pessoas de um grande sono, produzido pelo estabelecimento na Terra de um modelo de sociedade que aliena e escraviza o ser humano. Entretanto, isso é apenas um alerta. A verificação de sua veracidade pode ser encontrada em mensagens espirituais. A Editora Mourthé vem publicando os livros Mensagens de Maria, que trata das Leis espirituais, contendo mensagens de pura ética. Eles são sete, quatro dos quais já editados e os outros em edição. Há muitas outras editoras que vêm fazendo isso há muito tempo, mas são discriminadas. Há dezenas, talvez centenas de mensagens no you tube que podem ser acessadas pela internet ou pela televisão. Quem quiser conferir o que está dito neste texto que o faça.

Já ocorreram, e continuam ocorrendo, grandes eventos relacionados à transição planetária. Muito se fala a respeito, mas a maioria das pessoas prefere não acreditar. Eles mexem com a condição de “conforto” que elas pensam que têm. Por isso a maioria delas não sabe que nosso Planeta já vibra na 4ª. Vibração. O mundo físico, o vegetal e o animal das florestas e águas já estão na nova vibração. A maioria da humanidade ainda não. Isso porque nós somos racionais e nossa razão está equivocada em relação à verdade desse fato e de muitos outros. Nós estamos submetidos a um bombardeio de falsidades para continuarmos em baixa vibração, o que permite a manutenção de uma ordem perversa que desconsidera o ser humano. Tudo isso eu venho revelando ao longo dos últimos vinte anos. Mas as pessoas fazem “ouvido de mercador” e ficam instaladas no seu falso conforto, porque desconfortável é o que ele é. A advertência está feita e minha obrigação cumprida. Agora é com vocês. Cada um por si e Deus por todos.

Mas falta uma questão, o grande EVENTO, que definirá tudo. Ele é um fluxo de Luz Violeta que envolverá todo o Planeta por um pequeno período. Ele elevará a consciência de todas as pessoas de boa vontade para a 4ª. Vibração, que já vigora na Terra, ou mesmo para a 5ª. Vibração, a da consciência plena. A partir daí todo esse arcabouço social, econômico e institucional se desmanchará, por exigência da nova consciência coletiva. Antes disso haverá uma brutal crise no sistema financeiro que liquidará com a farsa do dinheiro sem lastro e daquele falso, obtido fora da produção e originário principalmente dos juros da dívida pública e da agiotagem. A limpeza do sistema institucional já começou com o combate contra a corrupção e contra as leis fraudulentas nocivas aos interesses da população e da Nação. Não se trata de julgar pessoas, mas de combater suas condutas nefastas ao processo evolutivo da humanidade.

Esse processo, naturalmente, não é tranquilo. As reações daqueles que querem manter a velha ordem, ou torná-la mais cruel com a “Nova Ordem Mundial”, produzem conflitos por toda parte: políticos, sociais, institucionais e até entre países, com graves questões diplomáticas, ameaças bélicas e até guerras. Vejam o que ocorre no Brasil através das ações nefastas de seu governo impostor, e dos conflitos dos EUA com a Coreia e com a Venezuela, e ainda a guerra da Síria, essa com o apoio de seus aliados da OTAN. Todas essas questões e muitas outras são consequências da inadequação dos valores da Nova Era da 4ª. Vibração com a baixa vibração   relativa ao comportamento perverso inerente ao sistema que vem imperando no Mundo há alguns séculos.

Diante de tudo isso, uma questão fica clara: há um desmantelamento da sociedade que regula nossas vidas e suas manifestações nos setores da economia, da política e das instituições. Essas não são questões que possam ser resolvidas com essa ou aquela pessoa no poder, independente de quem seja, enquanto cidadão ou como portador de uma ideologia. É preciso esclarecer que tipo de sociedade nós precisamos criar para as novas condições de consciência da nossa população. Pois já há um despertar de consciência que se transformará em uma explosão de consciência com o Evento.

Nesse sentido eu editei um livro que aborda essa questão: MAMIFESTO – Por uma Sociedade de Paz e Fraternidade. Ele conclama as pessoas a pensar uma alternativa a tudo isso que está aí. Não se trata de especulação, mas de conclusões que podemos chegar a partir das experiências da Humanidade relatadas na nossa história. Especialmente as recomendações que nos deixaram os grandes pensadores e líderes religiosos da antiguidade e dos mais recentes, através da filosofia e das lutas sociais que buscaram resgatar a dignidade humana, especialmente as legendas adotadas pela Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

Não podemos dizer que fomos surpreendidos com os eventos que estamos assistindo. Há dois mil anos Jesus de Nazaré, disse: Amai uns aos outros como vos amei, e Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A limpeza que se opera, não apenas no Brasil, como no mundo, pode ser entendida através da expressão bíblica: A separação do joio do trigo.

Que assim seja, e será.

Rio de Janeiro, 14/4/2018.

12, abril 2018 10:12
Por admin

A Lei e a Ordem – II

Arnaldo Mourthé

É chegada a hora de tratarmos das mudanças que virão, ou melhor, que já estão acontecendo. Não em um futuro próximo, como as pessoas esperançosas acreditam, mas agora. Comecemos por buscar definir as condições em que vivemos.

Tudo que existe no mundo é uma forma de representação da energia. Desde a luz à matéria mais densa. Essas formas são variadas: ondas eletromagnéticas, como o pensamento, e eletromagnéticas, como a eletricidade, som, plasma, etc. Até nosso sentimento emite uma forma especial de energia. Nós vivemos em um mundo complexo, mas formado de um só elemento fundamental, a energia.

Planck constatou que a simples observação do átomo da matéria provocava sua mudança, pois o foton da luz, que permitia vê-lo, ao chocar-se com um elétron mudava sua órbita. Essa descoberta revolucionou a física e permitiu a compreensão da natureza da luz. Daí surgiu a física quântica e permitiu que Einstein formulasse a equação da conversão da matéria em energia, E=mc². Isso criou a possibilidade da construção da bomba nuclear, que é a maior ameaça para a humanidade, sobretudo pela natureza do poder nas mãos de pessoas egoístas e sem qualquer humanidade. A humanidade, por seus desvios de conduta, chegou a um ponto de se autodestruir. Esse é um fato irrefutável. Antes disso, ela já está destruindo a Natureza, que nos gerou e nos sustenta, para que possamos cumprir com o nosso destino, ou vocação, dependendo da interpretação de cada um.

Tudo no Universo está condicionado a um nível de vibração da matéria que é diferente em função de sua localização no Cosmos. Essa localização muda, pois tudo se move. Sem o movimento não é possível o equilíbrio dos astros, nem a vida. Esse é um principio básico da filosofia e da ciência. Cada local do Universo tem um grau de vibração, que depende do fluxo de radiação da Luz para ele. A terra ocupava até pouco tempo atrás uma posição de 3ª. Vibração. De alguns anos para cá essa vibração foi se elevando, ficando mais sutil, e hoje estamos mergulhados na condição da 4ª. Vibração.

A nossa Natureza elevou sua vibração acompanhando o fluxo vindo do núcleo de nossa Galáxia, mas nem todas as pessoas seguiram esse fluxo. Em algumas ele ocorreu,  em outras não. Isso porque nós estamos condicionados por nossos pensamentos, nossa compreensão ou não das coisas do mundo e da vida. E eles foram manipulados para que nós aceitássemos uma realidade perversa nas relações entre as pessoas. Um grupo de pessoas, que os espiritualistas denominam “das trevas”, semeou a obscuridade para que nós não compreendêssemos a realidade que nos cerca. Aquilo que nós consideramos uma realidade social possível, embora perversa, não é a realidade que poderíamos ter. Daí a existência de correntes filosóficas e religiosas divergentes, que confundem nosso pensamento. Assim como sistemas econômicos e culturas permissivas que discriminam e impedem que todos nós sejamos livres e conscientes que todos os homens são iguais na sua essência e que a fraternidade nos une e fortalece.

Isso foi possível porque na 3ª. Vibração é tolerada a dicotomia, que os religiosos chamam da luta entre o bem e a filosofia de contradição entre opostos. Em torno dessa questão há muita mistificação e dissimulação. Quem se interessar sobre esse assunto deve buscar informações juntos aos espiritualistas que lhes pareçam mais simpáticos ou confiáveis, ou aos grandes filósofos. Elas estão por toda parte. Mas, nós somos tolhidos por uma cortina que esconde os fatos e os destorce, para manter as pessoas na ignorância e passíveis de manipulação. Esse é o papel da grande imprensa financiada pelos interesses financeiros, mas também de outras organizações que se beneficiam da alienação das pessoas, tirando proveitos dessa situação. Não vamos apontar nenhuma delas. Cabe a cada pessoa descobrir por conta própria aquelas que são confiáveis e as que nos mantêm na escuridão.

Tudo que está acontecendo no mundo, e que nós vemos com espanto, está relacionado com essa mudança de vibração do Planeta Terra. Desde os governos perversos que negam direitos aos cidadãos, geram crises, discriminam e tomam medidas contra o povo, e de proteção de atividades econômicas predatórias, enquanto alimentam o desemprego e a marginalizam a população, até aqueles que produzem as guerras genocidas pelo controle das riquezas dos países mais fracos.

Soma-se a tudo isso uma questão extremamente grave. O nosso conhecimento científico e tecnológico foi mais além da nossa capacidade de administrá-las para o bem dos homens e da Natureza. O conhecimento científico do homem superou o espiritual, tornando-nos potenciais suicidas, pela capacidade destrutiva acumulada em um mundo dominado pelo egoísmo mais sórdido. Isso foi possível acontecer porque nossa civilização desenvolveu-se em uma condição de dualidade, alimentada pelo nosso livre arbítrio. Felizmente, essa situação já não pode acontecer na condição da 4ª. Vibração. Nela as respostas às nossas ações são imediatas, o que não acontecia antes. Essa resposta, na cultura espiritualista, chama-se Lei do Retorno, que corresponde à Lei da Natureza que Newton enunciou assim: A cada força (ação) corresponde outra força igual e oposta (reação). Uma agressão ao outro, seja qual for, reverte contra o agressor. É esse fenômeno que estamos presenciando a cada dia, da forma mais variada, pela televisão.

As discussões dos partidários de cada líder, não importa seu carisma, são apenas manifestações do desconhecimento da realidade que estamos vivendo. Não há mais condições para a impunidade persistir. A punição virá de uma forma ou de outra, nos termos da Lei do Retorno segundo os espiritualistas. Tudo o mais faz parte do jogo de ocultação da verdade, criado pelos sofistas (marqueteiros), de todas as cores, contratados para nos enganar e que funciona a todo vapor, graças à televisão mercenária.

Ainda voltaremos com mais informações sobre essas questões relevantes. Elas são fundamentais para o nosso despertar para a Nova Era que já existe na Terra, mas que não alcançou a todos nós, pois muitos estão mergulhados na obscuridade, administrada em nós todos os dias como um psicotrópico pernicioso, tornando-nos pessoas desinformadas, alienadas. É preciso ter muito cuidado com as “informações” dos noticiários de televisão e das idiotices divulgadas na rede social.

Rio de Janeiro, 12/04/2018

10:07
Por admin

A Lei e a Ordem

Arnaldo Mourthé

Nos desencontros do governo com a sociedade surgem situações estranhas. As pessoas geralmente não as compreendem. Isso é normal, porque eles são criados de forma caprichosa para não serem compreendidas. A que mais marca no presente é a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para justificar a utilização das Forças Armadas em atividades policiais. A expressão é pomposa e impressiona pelo aparato utilizado e pela publicidade que ela envolve. Mas, o vem a ser Lei, assim como a Ordem?

Para compreender melhor essa questão, precisamos esclarecer que não há apenas as leis dos homens, que regulam seu comportamento e sua organização social através do Estado. Há outras leis. Elas regulam a Natureza, o Cosmos e o Universo. As leis são normas que permitem que as coisas aconteçam para alcançar algum objetivo. A história revela que as leis dos homens são efêmeras. Elas se modificaram, evoluindo ou não, com o desenvolvimento cultural e das forças produtivas. Desde as tribos até o Estado moderno houve uma grande variedade de arcabouços culturais e legais que regeram a humanidade na sua evolução, até que se chegou à República moderna. A Repúbica nasceu no Mar Egeu e presidiu as civilizações helênica e romana. No final da Idade Média ela renasceu sob a forma de Cidade-Estado no norte da Itália.

A República que Rousseau conceituou no período iluminista, serviu de modelo para a que preside a chamada Civilização Ocidental Cristã. Seu princípio fundamental é a liberdade inata do homem. A vontade que criou essa instituição é a “vontade geral”, o acordo das partes que a constituíram em um “Pacto Social” que resultou em um “Contrato Social”, hoje representado pelas “cláusulas pétreas” da Constituição. Entretanto, os conceitos fundamentais da República não foram respeitados. Eles são a soberania do cidadão e da Nação, esta por transferência da primeira, e da divisão de poderes, condição essencial para se evitar a tirania. A legenda que presidiu essa conceituação de Rousseau foi a da Revolução Francesa, Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Essa República é, até hoje, uma utopia. Ela nunca chegou a existir plenamente. A que conhecemos, seja onde for, é um simulacro dela, que é conhecida como Estado Democrático de Direito. Este, na prática, não passa de uma plutocracia, escondida sobre o conceito vago de democracia, dita “governo do povo para o povo”. Na realidade ela não é uma coisa nem outra. Não há governo do povo, mas das classes dominantes que defende os interesses destas e não do povo, entendido como aqueles que constituem família e trabalham para sua sobrevivência, não importa em que atividade ou a que título.

Essas premissas nos permitem analisar o quadro dramático que a população brasileira atravessa e o risco da destruição de nossa Nação. O regime em que vivemos e a sociedade que ele administra foram forjados para defender os interesses dos proprietários, hoje, especialmente, os donos do dinheiro. Há uma história que nos levou a esse regime. O Brasil entrou nessa história depois que os portugueses aqui chegaram, representando a cultura europeia, na época dominada pela Inquisição. Esta já era combatida por mentes mais abertas, que buscaram se conscientizar através dos ensinamentos antigos, especialmente na filosofia grega, na prática republicana romana e nos ensinamentos Cristãos originais. Esse combate resultou no Renascimento. A pesquisa científica e o iluminista foram consequência desse movimento, que teve como suporte a pensamento crítico da filosofia grega, especialmente de Sócrates e Platão.

O ponto de partida foi o conceito dialético de Heráclito, que dizia: “tudo flui”, tudo está em movimento e nada fica como está. Todo movimento e toda quietude são efêmeros. Sem a interação dos opostos o mundo não existiria. Heráclito foi precursor da dialética. Depois vieram Sócrates, Platão, e seus seguidores, até chegar a Hegel, que formulou o método dialético e Marx que o aplicou na análise da natureza do capitalismo. Sem a compreensão do pensamento crítico, cujo principal instrumento é a dialética, não há como compreender nossa situação “caótica”. Esta expressão só faz sentido na medida em que o quadro em que vivemos parece uma situação onde nenhuma lei prevalece. Ledo engano. Nós estamos submetidos a leis. Nós podemos não conhecê-las, mas elas existem. Existe a lei humana perversa baseada no poder do dinheiro, mas ela é efêmera, precária. Há outras leis superiores, as da Natureza e as Espirituais. A lei humana é precária e injusta, as outras duas são perenes, justas e, por isso, implacáveis.

Pelo exposto acima podemos concluir que nem tudo está perdido. Se nós estamos submetidos a leis injustas é porque nós as aceitamos. Esta é uma questão à qual nos referimos inúmeras vezes, por isso não vou voltar ao assunto. Mas fomos nós, o povo brasileiro e seus líderes carismáticos, que colocamos no poder os que lá estão, e combatemos o pensamento crítico que nos apontava o caminho correto para nossa sociedade, especialmente na aplicação do espírito republicano na administração do Estado e nos verdadeiros ensinamentos cristãos no nosso comportamento. Mas a comodidade, muito interessante e agradável quando se dispõe de recursos para mantê-la, não nos tem permitido ocupar um mínimo de tempo para nos informar na busca da verdade. Ela está por aí em muitos lugares à disposição de todos. Há livros, documentários, peças teatrais, que nos ensinam muitas coisas. Mas nós os vemos apenas como diversão. Mas, de diversão em diversão nós nos deixamos infectar com as mentiras que sustenta a opressão e a desigualdade, que nos oprimem e estão nos levando ao desastre. Em outro artigo voltaremos a essa questão, expondo especialmente a necessidade de mudança e do papel das leis espirituais que regerão essa mudança.

Voltemos agora à questão referida no título, a Lei e a Ordem. Esta é uma questão emblemática porque é reveladora da natureza do governo que temos. O que se pretende com essa operação militar, disfarçada em segurança pública, o que ela não é. A insegurança aumentou no Rio de Janeiro depois da intervenção das Forças Armadas. O número de crimes aumentou. As mortes violentas também. Áreas relativamente seguras, como o Centro da Cidade e a Zona Sul, tornaram-se áreas de risco. A cidadania é desrespeitada, especialmente nos bairros populares. Surgiu o estigma de que morador da favela é cúmplice do “crime organizado”. Desvirtuaram essa expressão. É ridículo ver em um grupo de desesperados, varejistas das drogas, “o crime organizado”. A droga e as armas vêm de fora do país. O dinheiro do atacado também, mas volta com polpudo lucro, da mesma maneira que aquele do mercado financeiro, que compra tudo, consciências, dignidades, leis, patrimônios. Distribui a mentira, destrói valores culturais e incita as pessoas à intolerância, dividindo a sociedade. O crime organizado é chefiado pelo mercado financeiro. Não há outra explicação defensável para nosso descalabro.

A GLO e a intervenção na Segurança do Estado do Rio de Janeiro são instrumentos de múltipla utilidade, dentre as quais não se encontra a segurança do cidadão. Ela visa desviar nossa atenção dos verdadeiros e graves problemas do país, leva o medo à população, imobilizando-a, faz uma demonstração de força para desencorajar protestos, gera um clima de insegurança que só pode servir para desestabilizar nossas instituições. Pode até ser mais um instrumento para tumultuar o processo eleitoral.

O grande problema do Brasil, o maior de todos em todos os tempos, é o conjunto de sangrias que sofremos diuturnamente. Das finanças públicas, através dos juros da dívida pública, da economia, através da exportação líquida de capital, dos patrimônios públicos e privados transferidos ao capital estrangeiro, de nossos valores e vigor cultural, e, como consequência, da nossa soberania e da nossa dignidade. É de espantar a falta de consciência de nossa população em relação a tudo isso, que é restrita a um grupo pequeno de pessoas que se debatem sem ver retorno ao seu esforço heroico.

Falta-nos assumir nossa responsabilidade em tudo isso. Preferimos debitá-la aos outros, ao mesmo tempo em que nos omitimos na defesas de nossa gente e da nossa Pátria. Se não mudarmos essa atitude estaremos, cada vez mais, mergulhados na lama da corrupção e da desfaçatez. Apesar de tudo isso, seremos sacudidos por uma força maior dentro em breve. Nossas conquistas históricas, a integridade da nossa Nação e nossa dignidade, serão recuperadas pelas pessoas de boa vontade que vivem aqui no Brasil. È fundamental que cada um nós se proponha a ser uma dessas pessoas. Só assim seremos o país que queremos ser. No próximo artigo trataremos das verdades que nos são escondidas e que prevalecerão no desfecho desse estado de calamidade em que nos encontramos. Aguarde!

Rio de Janeiro, 10/04/2018

 

06, abril 2018 11:00
Por admin

O início do fim da ilusão

Arnaldo Mourthé

Ao se encerrar o julgamento do habeas corpus impetrado no STF a favor de Luiz Inácio Lula da Silva houve reações de comemoração, como se alguém tivesse obtido uma grande vitória. Ledo engano. Se houve alguma vitória foi do bom senso, que os que comemoraram não devem ter percebido, por não tê-lo. Esse evento foi simplesmente o final de um ato de uma peça de teatro de fantoches. Tudo que ocorreu já vem de longa data. Foi um ato relevante no processo de superação de ilusões incutidas no povo brasileiro, para desorientá-lo e impedi-lo de aplicar sua poderosa força social, especialmente política, em defesa própria e de sua querida Pátria, o Brasil.

Em primeiro lugar, analisemos a última cena do teatro referido acima, o julgamento do habeas corpus. O que os competentes advogados de Lula tentaram foi a aplicação do privilégio das classes dominantes, e de seus mandatários, de utilizarem-se da protelação dos processos judiciais contra eles, com recursos sucessivos, até ocorrer sua prescrição, livrando-os de sua pena, provável ou efetivada. Lula, que fora mandatário, como presidente da República, deveria receber o tratamento reservado àqueles que defendem os interesses do stato quo. Tudo perfeitamente correto do ponto de vista formal, na forma da Lei, no caso inserida na Constituição, portanto de competência exclusiva do STF.

Mas, o que vem a ser esse dispositivo, no caso denominado “presunção de inocência”, como está escrito na Constituição. Ele é a salvaguarda de um direito irrefutável, aquele de que o réu só pode ser considerado culpado se o Estado o provar através de processo jurídico formal, definido por normas especiais. Tudo feito com origem em tempos remotos quando se fundou a República moderna em seguida à Revolução Francesa. Esse era um dispositivo contra o autoritarismo, como muito bem definiram alguns ministros, com exemplos históricos, nem sempre relatados com o devido cuidado, sobretudo omitindo referências às circunstâncias. Uma coisa é o processo de substituição de um regime totalitário, como o absolutismo francês, ou o fascismo de Mussolini ou Salazar. No caso do Brasil, atualmente, a situação é diversa.

Esse dispositivo pode parecer de defesa do cidadão comum, mas se destina apenas ao privilegiado, que tenha poder e recursos financeiros para protelar a decisão judicial. Ele serve aos endinheirados e aos mandatários corruptos, pois tem um custo muito elevado. Não serve ao pobre coitado que mofa na cadeia, mesmo sem qualquer condenação, a título de preservar a sociedade da sua presença. Se fosse para proteger o cidadão as cadeias não estariam superlotadas. Os prisioneiros, na sua maioria, não têm nem a oportunidade de serem julgados. Alguns nem estão sendo processados, estando presos por arbítrio pecaminoso de juízes preguiçosos ou negligentes.

Serão os juízes os responsáveis por tudo isso. Creio que não. Isso faz parte de um modelo perverso de poder que só na aparência é democrático. De fato ele é uma plutocracia, um regime dos homens do dinheiro, de mais ninguém. O chamado Estado Democrático de Direito é a fachada dessa plutocracia. Ele é um regime definido por leis elaboradas por mandatários que representam os interesses das classes dominantes. Essas leis são aplicadas pelo Judiciário, mas são elaboradas e editadas pelos poderes Legislativo e Executivo. No Brasil de hoje todos nós temos a consciência que esses poderes são dominados pelo capital financeiro, através da corrupção.

Mas, nossa Constituição de 1988 foi elaborada em um momento especial de nossa história, quando a cidadania se afirmava com a queda do regime autoritário que nos presidiu por vinte anos. Houve, portanto, a oportunidade de que ela defendesse essa cidadania, mesmo sendo, na sua estrutura, um instrumento de defesa do statu quo: uma sociedade burguesa desvinculada dos interesses nacionais, porque associada, como sócio menor, do capital estrangeiro. O momento histórico de sua elaboração fez com que ela representasse em alguns aspectos os interesses do cidadão, como no seu Artigo 5º, e nos direitos trabalhistas e previdenciários. Mas só nisso. No mais, o Estado Democrático de Direito não é para o cidadão, mas para os potentados. Tanto é assim que no seu aspecto penal nossa legislação, enquanto protege a impunidade dos potentados, deixa ao relento e mesmo sacrifica os menos agraciados, a quase totalidade da população.

A decisão da Suprema Corte ao apreciar o pleito de Lula dividiu-se em relação à interpretação da aplicação da Lei penal. Ela já havia se pronunciado anteriormente sobre essa questão, em face dos escândalos de corrupção e das salvaguardas no texto constitucional que facultavam a impunidade. Daí sua decisão, em 2016, de facultar a prisão do réu condenado em 2ª Instância, interpretando que a Presunção de Inocência só prevalece enquanto não se esgotam os recursos para avaliação do mérito. Isso evita a impunidade obtida através de recursos cujo objetivo é meramente protelatório, pois não alcança a revisão do mérito do julgamento, mas apenas eventuais vícios de processo.

Essa jurisprudência, que podemos chamar de cautelar, feriu os “brios” dos mandatários envolvidos com a corrupção. Afinal, eles passaram a ser alcançáveis pela Lei que eles fizeram apenas para o cidadão comum que não tem recursos para as manobras protelatórias. Eles então tentaram criar todas as dificuldades para o adequado funcionamento da Justiça, inclusive buscando aprovar uma Lei que punisse com sacões penais, pretensos erros de interpretação da Lei por juízes – uma espada sobre suas cabeças – mas não conseguiram. Mas a batalha pela impunidade continua, por todas as vias imagináveis. Agora foi apresentada essa, da pretensa Presunção de Inocência depois de esgotado o trâmite legal para a apreciação do mérito.

Em torno de falácias, tentou-se manter a impunidade, usando para tal a liderança popular incontestável de Lula. Incitar a população foi a estratégia usada, sob a alegação de que o que estava ocorrendo era uma perseguição. A população não deixa de ter razão, quando compara Lula com outros que ocupam altas funções no governo ou são os financiadores de todo esse processo de corrupção. Eles são capitaneados pelo capital financeiro, submetido ao jugo de forças externas ao país, que com eles se associaram para submeter o Brasil. Há razão em considerar injusta a condenação de Lula, não por mérito, mas por discriminação. Porque os outros, talvez mais culpados que ele, andam por aí impunes, pousando de senhores sensatos, conselheiros de ilusões que a mídia reverencia e enaltece.

É interessante observar os votos e os perfis dos ministros. Os mais conservadores votaram a favor de Lula. Pois defendiam o statu quo, a mesma postura dos advogados de defesa. Estes, naturalmente, por dever de oficio. Os mais progressistas, realmente republicanos, votaram contra, defendendo a mudança, expressa no combate à impunidade. Vê-se que a divisão do STF não foi apenas uma literal interpretação do texto constitucional. Ela foi muito além. Foi uma definição de quem é favor do statu quo da impunidade e de quem quer “passar a limpo o Brasil”, como dizia o saudoso Darcy Ribeiro.

Para tal é preciso ir fundo na investigação das causas da calamidade nacional. Já o disse muitas vezes e repito. Se abrirmos a “caixa preta” do Copom a verdade virá à tona. O Brasil vem sendo, há muito tempo, trabalhado a partir da corrupção e da desinformação, para aceitar a dominação do capital financeiro internacional. O principal instrumento para nossa submissão está na nossa dívida pública. A chave do mistério está ali. Basta uma palavra chave: a auditagem da divida pública. Ela será a revelação da fonte de nossos males. Não fazê-la é decretar a manutenção do caos, até nossa total submissão.  A partir daí, os brasileiros serão conscientes de quem é quem na sua história. Será o fim da ilusão. Assim poderemos nos empenhar em construir a Nação que queremos, superando nossas amarras centenárias de escravidão e nossas divisões internas.

Rio de Janeiro, 05/4/2018.

03, abril 2018 11:57
Por admin

Como superar nossa perplexidade?

Arnaldo Mourthé

Essa é grande questão que se coloca para nós. Mas o que é a perplexidade, senão nossa incapacidade de compreender uma questão que nos afeta frontalmente. Não há nada inexplicável. Há, sim, nosso desconhecimento da verdade sobre a questão que gera a perplexidade. Ao compreender a questão, ela se torna superável. Portanto, trata-se de nossa consciência, saber ou não saber a verdade.

Toda essa confusão que presenciamos no Brasil e no mundo, não é mais que um desencontro entre a realidade do ambiente físico em que vivemos com nosso nível de consciência da nossa realidade, do nosso entorno social e físico. Essa é uma questão nova que para muitos de nós é extremamente incômoda, porque muitos de nossos valores, reconhecidos por toda a sociedade como verdadeiros e até eternos, são colocados em cheque. Eles não são mais suficientes para explicar nosso entorno social, econômico, político ou espiritual. Parece que nos mergulhamos no caos. Entretanto, o caos não existe. Ele é apenas uma suposição da inexistência de regras para nossa conduta. As regras existem, apenas não correspondem mais à realidade em que estamos mergulhados. Nós não as compreendemos. Vamos a essa questão.

A realidade à qual nos referimos durante toda a nossa vida, até bem pouco tempo atrás, também relatada na história da humanidade, foi profundamente modificada a partir do plano físico. Tudo que existe é energia. Ela é luz, som, calor, ondas eletromagnéticas, plasma e matéria. Nós vivemos em um mundo no qual essas manifestações da energia são conhecidas, mas nosso conhecimento sobre elas é superficial. Ele poderia ser maior se não nos escondessem muitos conhecimentos da ciência e da espiritualidade. Mas, mesmo esses estão limitados a nossa condição de habitantes em um planeta com vibração relativamente pequena. É o intensidade da  vibração da energia que determina suas diversas formas de manifestação. A Terra vem de terminar seu processo de transição da 3ª. Vibração – a da dualidade entre o bem e o mal – para a 4ª. Vibração – a da consciência. Isso implica que tudo que existe na Terra e no seu entorno passa a sofrer a influência dessa sua nova frequência vibracional.

Muitos não o sabem, porque lhes são ocultadas muitas informações sobre a influência em nós das condições em que vivemos. Nosso comportamento é diretamente influenciado pelas vibrações físicas do nosso entorno. Nosso humor depende da vibração do nosso ambiente, assim como nossa saúde e nossa consciência. A 4ª. Vibração que hoje rege nosso Planeta expande nossa consciência antes ajustada à 3ª. Vibração. Muitos preceitos que antes considerávamos corretos não são válidos quando nossa vibração se intensifica. “Verdades” consideradas inquestionáveis não mais se sustentam. O comportamento que elas determinam também não. Desmonta-se nossa realidade psíquica construída sobre elas, dogmas, doutrinas, ideologias, leis. Tudo isso se torna obsoleto, inservível. Isso porque nossa consciência expandida não as  aceita mais. Não é mais possível aceitar a intolerância em relação às pessoas por suas diferenças, gênero, cor, atividade, poder aquisitivo, nacionalidade, etc. Não se poderá mais distinguir as pessoas por suas posses matérias. Poderá haver diferenças sociais em função do trabalho de cada um e sua utilidade para a sociedade, mas o dinheiro não mais terá valor de referência na comparação entre as pessoas. Todas são iguais na sua essência e serão vista assim. A igualdade é um fundamento espiritual como o é a liberdade.

Os padrões que regem nossa sociedade, medidos pela posse das pessoas, não terá mais lugar. Cada pessoa vale por sua essência e será reverenciada por sua contribuição para com os outros, pessoas ou comunidades. O egoísmo não terá lugar na nova sociedade que será constituída sobre novos paradígmas por todos os cidadãos. O egoísmo será substituído pela fraternidade. Passaremos a viver numa sociedade de paz, porque a guerra é fruto do egoísmo, que não mais existirá.

Não é fácil para as pessoas aceitar essa verdade. É muito difícil reconhecer que nossos pensamentos atuais são errôneos. Mas, nós não somos os principais responsáveis por eles, que nos foram incutidos desde nossa infância. O que nossos pais nos ensinaram foi para nos defender dentro de uma sociedade egoísta e cruel. Fora de casa adquirimos novas ideias do nosso entorno, especialmente na escola e no trabalho. Todas baseadas em ensinamentos como os nossos de defesa e outros manipulados pelos poderosos, para nos convencer que vivíamos no melhor dos mundos possíveis, que melhorava a cada dia graças às suas competências como chefes ou mandatários. Tudo falácia. O que fez desenvolver a humanidade foi o conhecimento, com base na prática de cada um, na filosofia e na ciência. Isso não tem nada a ver com o poder do dinheiro que nos domina. Tudo que os donos do dinheiro criam visa seu lucro. Esse comportamento se difunde sobre a forma de levar vantagem sobre o outro. Não há intenção da parte deles de ajudar as pessoas, muito menos as infortunadas. Para eles não serve uma sociedade de paz porque a guerra traz lucro e poder. Eles não se preocupam com as pessoas, com sua dignidade ou sobrevivência, mas apenas com o que podem produzir para eles e consumir para enriquecê-los. Esse mundo da dualidade, tolerante para com a desigualdade e a perversidade, não tem mais condições de existir.

Precisamos tratar agora de duas questões principais que se colocam para nós. A da nossa conscientização e a da criação de uma nova sociedade para a Nova Era, que já se abriu para nós. Essa é uma missão difícil, mas gloriosa. Desconhecê-la é tentar parar o tempo, o que está além das nossas possibilidades. Essa é uma boa reflexão para depois da Páscoa. Chegou a hora de nossa Ressurreição, enquanto seres humanos, e de compreendermos o verdadeiro significado das palavras de Jesus de Nazaré quando disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. O jogo do levar vantagem, como o “banco imobiliário”, já não vale mais. O jogo agora é o de descobrir a verdade. Ganha quem a descobre. Nossa vitória é a nossa liberdade.

Que assim seja e será.

Rio de janeiro, 03/4/2018.

 

02, abril 2018 9:43
Por admin

Ao combate contra o capital financeiro internacional

Que haja a ressurreição da Nação brasileira

Arnaldo Mourthé

Nós, o povo brasileiro, estamos envoltos em uma trama de contradições. Não se trata da simples dualidade que a filosofia analisa através da dialética. Somos submetidos, pela propaganda destorcida, a um bombardeio de falsidades que cria em nossas mentes um mundo de ficção. Uma ficção perversa, que desperta em nós sentimentos negativos. Estamos sendo levados ao confronto com nossos irmãos em nome de supostas “verdades” cunhadas para nos desorientar e quebrar nossa união de membros de uma mesma comunidade, nossa Nação. Perdemos o senso da busca das nossas realizações sonhadas na infância e na adolescência, para nos digladiarmos, uns contra os outros, em torno de nomes que pouco ou nada representam, se nossa visão se coloca à altura de nosso país, do Brasil, nossa Pátria. Queremos punir nossos supostos adversários. Que o sejam, mas eles não são os principais. Todos aqueles que aparecem nos noticiários, independente da sua importância ou natureza, não passam de bonecos manipulados em um teatro de fantoches. Os autores e os manipuladores do espetáculo não aparecem ou são negligenciados. Esses, sim, são os responsáveis primeiros da nossa tragédia social e nacional.

Mas quem são eles? Eles são os chefes das quadrilhas do capital financeiro internacional ou seus serviçais, pelo mundo afora. Eles são parte de uma organização criminosa que vem administrando aquilo que chamam de “civilização ocidental cristã”, mas que nada tem de cristandade. São criminosos, que construíram o colonialismo, a escravidão de africanos, e as guerras que destruíram nações e trouxeram o sofrimento para bilhões de seres humanos. Seu projeto atual é a conquista do mundo, através do dinheiro sem lastro ou fictício obtido fora da produção de mercadorias. Eles são um câncer que vem corroendo todas as tentativas de uma verdadeira civilização, que precariamente vinha sendo construída a partir dos princípios republicanos.

Mas que princípios são esses? São aqueles que decorrem das condições essenciais da existência humana com dignidade: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, sobre as quais já me reportei em outros textos, de livros e artigos. A instituição republicana define as condições necessárias de uma civilização humanizada.  Elas se fundam na Soberania do cidadão que a confere também à Nação por meio de um Contrato Social, que apelidamos de Constituição. A divisão de poderes refreia a tendência dos homens egoístas, que porventura assumam o poder, a praticar a tirania, como ocorre no Brasil. No Brasil não há mais divisão de poderes. O Executivo e o Legislativo apenas obedecem a seus corruptores. Essa verdade se manifesta em muitas medidas contra o povo e contra a Nação desse governo impostor que aí está. Há muito mais o que falar sobre essa questão, mas não cabe em um simples artigo.

A política desse governo impostor é a destruição da República, pois ela é incompatível com a rapinagem praticada pelo mercado financeiro. Eles tentam construir uma tirania. Mas, para isso precisam dominar o Brasil. Não o podem fazer pela invasão militar, como já fizeram no passado em muitos lugares, especialmente criando as antigas colônias por toda parte. Já não têm força para isso. Precisariam de uma poderosa nação militarizada capaz de submeter o mundo. Entretanto eles não dispõem disso. Muito se fala, e se falou mais ainda no passado, das nações imperialistas. Elas de fato existiram e ainda existem. Construíram seus impérios de forma brutal e sanguinária. Mas isso não é mais possível.

O novo poder imperialista, desde o final do século XIX, é o do “mercado financeiro”, que se encobre de várias maneiras para ocultar sua perversidade. Ele produziu centenas de guerras, para viabilizar sua rapina, e as debitou às nações que guerreavam entre si. Agora já não têm nenhuma nação para travar novas guerras por ele. Todas são espoliadas, através das dívidas públicas, para cobrir o custo das guerras que produziram centenas de milhões de vítimas. Foram mortos, feridos, refugiados ou que tiveram suas propriedades destruídas. No Brasil sua ação nefasta está destruindo nossa Nação. Por isso ele está sendo desmascarado por nós. A população começa a tomar consciência de que a fonte de todo o mal que nos atinge está nele, no seu egoísmo, na sua desumanidade.

Desesperados, os donos do dinheiro, através de seus lacaios do governo de impostores, estão tentando levar o povo brasileiro a um grande conflito, passível de se transformar em guerra civil. Isso lhes daria um motivo para a implantação de uma ditadura, sob sua absoluta tutela. Esse motivo seria o restabelecimento da ORDEM PÚBLICA. Já começaram a colocar em prática seu plano macabro. Mas, para restabelecer a ordem é preciso a desordem. É o que estão fazendo. Suas armas principais são o dinheiro que corrompe e a propaganda, também feita através do dinheiro, que sustenta a suntuosidade da televisão brasileira e nos ilude. O dinheiro já vem escravizando a população mais pobre, através da inadimplência incentivada por empréstimos, a quem não tem condição de resgatá-los, e dominando o Estado através dos juros da dívida pública, que já consomem 50% do orçamento da União e a obriga a emitir novos títulos no mesmo montante. Se a União fosse pagar todos os juros em dinheiro não sobraria recursos nem para remunerar os funcionários que o arrecadam e transferem o dinheiro dos que produzem para os vampiros, que sugam nosso sangue.

A partir dessas informações podemos compreender as causas da intervenção militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Querem produzir um conflito entre a população e as Formas Armadas, que tentarão transformar em guerra civil que desmantelaria a Nação e permitiria seu controle pelos senhores do dinheiro. Mas esse plano é louco e descabido. Mesmo assim estão levando-o para frente. Incentivam o ódio, e usam para isso os pobres que vendem droga para sua sobrevivência e suas comunidades de origem, e os políticos ambiciosos que querem manter-se na “luz da ribalta” ou escapar da cadeia. Muitos deles ocupam cargos nos altos escalões da República. Esses são aqueles que defendem as castas originárias de uma cultura escravista – como bem definiu Darcy Ribeiro – e outros que caíram na tentação do dinheiro da corrupção, vendendo nossa Soberania, nossa saúde e nossa educação, e ainda grande parte do nosso patrimônio público e privado de cidadãos brasileiros.

Será se nossos militares se deixarão manipular por esse governo desmoralizado? Eles que honraram o Brasil defendendo sua soberania e a liberdade da humanidade com a FEB, sob o governo Vargas, se deixarão envolver no absurdo de voltarem a serem instrumentos de repressão do nosso povo mais humilde, depois de o terem feito, a partir de 1964, em nome do combate à “subversão comunista”, como coadjuvante de outra farsa, chamada “Guerra Fria”? Pois, fazer do tráfico de drogas o maior problema nacional é uma farsa, também criada pelo capital financeiro internacional. O crime organizado, que precisa ser combatido, não está no varejo da venda de drogas nas favelas. Todos sabem que isso só existe porque há uma central criminosa que produz e trafica droga, antes dela entrar no Brasil, e também armas que sustentam a violência dentro ou fora das favelas. Atrás de tudo isso está o verdadeiro crime organizado, o capital financeiro internacional, que hoje opera no Brasil através do Palácio do Planalto. Lá, sim, está a sede do crime organizado que vem desmontando nossa sociedade e a Pátria brasileira.

Façamos uma reflexão, hoje, quando reverenciamos a Ressurreição de Jesus de Nazaré. Por que não tratar também da ressurreição da Pátria brasileira. Da nossa cultura, de nossos valores, da nossa dignidade. Porque, sem esses preceitos não teremos uma Pátria, nem seremos um povo. Façamos hoje um apelo àquele que reverenciamos para acolher nossos pleitos. Não estamos pedindo nada impossível. Queremos ser nada mais do que somos e viver em paz na nossa terra. Muitos de nós, talvez a maioria, somos descendentes daqueles que aqui habitam há dezenas de milhares de anos. Quem poderia negar nossa capacidade de viver com honra e dignidade? Esse não conhece minimamente nossa história, nem nosso povo. Mas, nem a esses negaremos nosso perdão. Afinal, hoje é dia de RESSURREIÇÃO.

Rio de Janeiro, 01/4/2018.

05, maio 2022 11:36

Bienal do Livro Rio 2021

13, novembro 2021 12:56

Mini Primavera dos Livros 2021

09, agosto 2021 12:10

Editora Mourthé na FLI BH 2021 - 4a Edição