Como superar nossa perplexidade


Como superar nossa perplexidade?

Arnaldo Mourthé

Essa é grande questão que se coloca para nós. Mas o que é a perplexidade, senão nossa incapacidade de compreender uma questão que nos afeta frontalmente. Não há nada inexplicável. Há, sim, nosso desconhecimento da verdade sobre a questão que gera a perplexidade. Ao compreender a questão, ela se torna superável. Portanto, trata-se de nossa consciência, saber ou não saber a verdade.

Toda essa confusão que presenciamos no Brasil e no mundo, não é mais que um desencontro entre a realidade do ambiente físico em que vivemos com nosso nível de consciência da nossa realidade, do nosso entorno social e físico. Essa é uma questão nova que para muitos de nós é extremamente incômoda, porque muitos de nossos valores, reconhecidos por toda a sociedade como verdadeiros e até eternos, são colocados em cheque. Eles não são mais suficientes para explicar nosso entorno social, econômico, político ou espiritual. Parece que nos mergulhamos no caos. Entretanto, o caos não existe. Ele é apenas uma suposição da inexistência de regras para nossa conduta. As regras existem, apenas não correspondem mais à realidade em que estamos mergulhados. Nós não as compreendemos. Vamos a essa questão.

A realidade à qual nos referimos durante toda a nossa vida, até bem pouco tempo atrás, também relatada na história da humanidade, foi profundamente modificada a partir do plano físico. Tudo que existe é energia. Ela é luz, som, calor, ondas eletromagnéticas, plasma e matéria. Nós vivemos em um mundo no qual essas manifestações da energia são conhecidas, mas nosso conhecimento sobre elas é superficial. Ele poderia ser maior se não nos escondessem muitos conhecimentos da ciência e da espiritualidade. Mas, mesmo esses estão limitados a nossa condição de habitantes em um planeta com vibração relativamente pequena. É o intensidade da  vibração da energia que determina suas diversas formas de manifestação. A Terra vem de terminar seu processo de transição da 3ª. Vibração – a da dualidade entre o bem e o mal – para a 4ª. Vibração – a da consciência. Isso implica que tudo que existe na Terra e no seu entorno passa a sofrer a influência dessa sua nova frequência vibracional.

Muitos não o sabem, porque lhes são ocultadas muitas informações sobre a influência em nós das condições em que vivemos. Nosso comportamento é diretamente influenciado pelas vibrações físicas do nosso entorno. Nosso humor depende da vibração do nosso ambiente, assim como nossa saúde e nossa consciência. A 4ª. Vibração que hoje rege nosso Planeta expande nossa consciência antes ajustada à 3ª. Vibração. Muitos preceitos que antes considerávamos corretos não são válidos quando nossa vibração se intensifica. “Verdades” consideradas inquestionáveis não mais se sustentam. O comportamento que elas determinam também não. Desmonta-se nossa realidade psíquica construída sobre elas, dogmas, doutrinas, ideologias, leis. Tudo isso se torna obsoleto, inservível. Isso porque nossa consciência expandida não as  aceita mais. Não é mais possível aceitar a intolerância em relação às pessoas por suas diferenças, gênero, cor, atividade, poder aquisitivo, nacionalidade, etc. Não se poderá mais distinguir as pessoas por suas posses matérias. Poderá haver diferenças sociais em função do trabalho de cada um e sua utilidade para a sociedade, mas o dinheiro não mais terá valor de referência na comparação entre as pessoas. Todas são iguais na sua essência e serão vista assim. A igualdade é um fundamento espiritual como o é a liberdade.

Os padrões que regem nossa sociedade, medidos pela posse das pessoas, não terá mais lugar. Cada pessoa vale por sua essência e será reverenciada por sua contribuição para com os outros, pessoas ou comunidades. O egoísmo não terá lugar na nova sociedade que será constituída sobre novos paradígmas por todos os cidadãos. O egoísmo será substituído pela fraternidade. Passaremos a viver numa sociedade de paz, porque a guerra é fruto do egoísmo, que não mais existirá.

Não é fácil para as pessoas aceitar essa verdade. É muito difícil reconhecer que nossos pensamentos atuais são errôneos. Mas, nós não somos os principais responsáveis por eles, que nos foram incutidos desde nossa infância. O que nossos pais nos ensinaram foi para nos defender dentro de uma sociedade egoísta e cruel. Fora de casa adquirimos novas ideias do nosso entorno, especialmente na escola e no trabalho. Todas baseadas em ensinamentos como os nossos de defesa e outros manipulados pelos poderosos, para nos convencer que vivíamos no melhor dos mundos possíveis, que melhorava a cada dia graças às suas competências como chefes ou mandatários. Tudo falácia. O que fez desenvolver a humanidade foi o conhecimento, com base na prática de cada um, na filosofia e na ciência. Isso não tem nada a ver com o poder do dinheiro que nos domina. Tudo que os donos do dinheiro criam visa seu lucro. Esse comportamento se difunde sobre a forma de levar vantagem sobre o outro. Não há intenção da parte deles de ajudar as pessoas, muito menos as infortunadas. Para eles não serve uma sociedade de paz porque a guerra traz lucro e poder. Eles não se preocupam com as pessoas, com sua dignidade ou sobrevivência, mas apenas com o que podem produzir para eles e consumir para enriquecê-los. Esse mundo da dualidade, tolerante para com a desigualdade e a perversidade, não tem mais condições de existir.

Precisamos tratar agora de duas questões principais que se colocam para nós. A da nossa conscientização e a da criação de uma nova sociedade para a Nova Era, que já se abriu para nós. Essa é uma missão difícil, mas gloriosa. Desconhecê-la é tentar parar o tempo, o que está além das nossas possibilidades. Essa é uma boa reflexão para depois da Páscoa. Chegou a hora de nossa Ressurreição, enquanto seres humanos, e de compreendermos o verdadeiro significado das palavras de Jesus de Nazaré quando disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. O jogo do levar vantagem, como o “banco imobiliário”, já não vale mais. O jogo agora é o de descobrir a verdade. Ganha quem a descobre. Nossa vitória é a nossa liberdade.

Que assim seja e será.

Rio de janeiro, 03/4/2018.

 

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