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13, novembro 2018 5:16
Por admin

PORTAL 11/11/11

Mensagens de Maria – Livro 7 – A transmutação – Editora Mourthé

-“Repetis comigo quantas vezes considerardes necessário:

“Eu Sou a Luz Violeta atuando agora em mim.
Eu Sou a pureza de Deus recuperando meus caminhos.
Eu Sou a Luz divina em plena sintonia com a minha
matéria divina.
Eu Sou carne, mas Eu Sou Luz e hoje a Luz Violeta
domina a minha carne.
Todos os meus caminhos se abrirão.
Todos os caminhos de Luz se abrirão para os meus.
A cura se instalará com a limpeza de todos os males
que já não mais existem diante da Luz Violeta, em
mim e nos meus.

Que assim seja e será!

Maria de Nazaré para
vós outros, os Meus de
boa fé e muito amor”

08, novembro 2018 6:07
Por admin

Alerta aos linguistas e aos dicionaristas

Arnaldo Mourthé

Todos nós concordamos que as palavras são um instrumento de comunicação. Para que o dito seja entendido por quem houve ou lê as palavras, seus significados precisam ser claros. Pelos menos no seu senso comum. Se há dúvidas quanto à correção da comunicação, é aconselhável a consulta a um dicionário.

Certamente as palavras podem conter uma variedade de significados, mas que são dirimidos pelo contexto no qual foram mencionadas. Essa variedade tem origem em um fenômeno chamado semântica, que estuda as razões objetivas da mudança de seus significados, ocorridos ao longo de formação da linguagem em várias etapas de desenvolvimento da sociedade e do nível cultural em que elas se deram, em geral sem qualquer pretensão. Mas, em certas circunstâncias, com o objetivo deliberado de confundir.  O fato da variedade de significados não impede, entretanto, seu bom uso, quando o texto é escrito ou lido por pessoas competentes para tal. Conhecer o significado das palavras é fundamental na comunicação e na criação do que quer que seja, quando se trabalha com seriedade e competência. É para isso que temos os linguistas e os dicionaristas, tão necessários à nossa orientação.

A história da humanidade é entremeada de inverdades que deformam sua compreensão, mesmo para os mais competentes historiadores e analistas. O papel delas é desinformar-nos dos fatos que realmente constroem a história, que são as contradições de interesses dentro da sociedade. Por isso ela é escrita como um sequencia de protagonismos de indivíduos ou grupos sociais, ou mesmo de nações. Mas a realidade é muito mais complexa, pois ela contém interesses ocultos, que o são porque não seriam aceitos pela população dócil que sustenta o poder de poucos, como algo normal.

Essa sustentação só é possível porque está na própria cultura de submissão da sociedade e suas instituições, inclusive a escola, além de muitas outras de variada natureza, especialmente formadas e mantidas por interesses escusos. Esses são tão perversos que não podem ser de conhecimento da população, que se revoltaria ao conhecer a verdade. O linguista americano Neon Chomsky gravou um vídeo que pode ser acessado pelo You Tube sobre essa questão. Ele é intitulado “As 10 estratégias de manutenção das massas”. Nele estão contidas as informações fundamentais para nossa compreensão do uso da desinformação que mantém situações que estão levando a humanidade à catástrofe, que pode ser tão grande quanto o suicídio coletivo. O poder é como é porque assim nós o aceitamos, apesar de nos custar tão caro, em liberdade, em segurança, em qualidade de vida e em tudo o mais que nos falta, mas que está à altura de nossas mãos, como os inumeráveis frutos na Natureza.

Estamos assistindo, hoje no Brasil, a apoteose da crise monumental que afeta a humanidade. As razões são profundas, o que torna necessário certo esforço para sua compreensão. Mas há no Brasil algo que nos desfavorece especialmente, que é o uso abusivo, disseminado e mesmo histérico da semântica para nossa desinformação, e mais que isso. Listamos alguns exemplos abaixo, de questões por mim testemunhadas sobre esse fenômeno que parece mais uma espécie de loucura disseminada entre pessoas de má índole ou inocentes, ignorantes, melhor dizendo, difundindo opiniões e repetindo falsidades pela rede social capazes de horrorizar um homem de formação cultural e moral comum vivendo no mundo moderno. Vamos aos  fatos.

Partamos da nossa existência que é algo que fala por si mesma, um postulado. Sem ela nem poderíamos estar aqui nos ocupando de tempo tão áspero. Pois nossa própria existência corre risco, como pessoa, como comunidade, como Nação. Nossa existência não o é por si própria. Basta olhar para a mãe Natureza para vermos nela uma ordem complexa, que conhecemos precariamente, através do empirismo, por interagirmos com ela, ou da ciência, através da interpretação de suas leis. Isso nos revela algo bem simples. Há leis acima de nós que regem todo o Universo e a vida que nele prospera. Podemos dizer que somos uma parte privilegiada pela existência, pois vamos tomando consciência dela na medida de nossa evolução.

Nossa evolução requer uma consciência crescente. Nossa história revela um pouco disso, embora com deformações, que fazem parte de nosso mundo social do qual falamos acima. A grande aventura humana é a busca desse crescimento, nesse mundo mutante. Mas o que vem a ser aumento de consciência? Ela é o conhecimento do mundo em que vivemos e de nós mesmos, interagidos uns com os outros. Isto é, nós precisamos conhecer cada vez mais sobre nós mesmos e o mundo em que vivemos, sem esquecer o Universo do qual fazemos parte. Nada mais simples. Acontece que estamos vivendo um momento de proibição do conhecimento. O poder teme o conhecimento. Ele precisa de pessoas submissas para se afirmar, o que só é possível com nossa ignorância. Mas o nosso mundo das elites está em crise profunda. Nossa evolução o encantoou. Entrou na fase do desespero. Ele precisa destruir nossos pensamentos positivos, nossos princípios espirituais, filosóficos, científicos e nossa criatividade, seu mais perigoso adversário. Só isso explica a histeria que nos envolve, que foi potencializado pelas eleições. Vejamos como ela se manifesta.

Comecemos pela questão da liberdade. Em artigo divulgado recentemente o escriba, do alto de sua pretensa autoridade, pontifica: “Liberdade para quê? Liberdade para quem?” Ele fala da liberdade como se ela necessitasse definir seu uso e seu destinatário para justificar-se. Sua ignorância não permite saber que a liberdade é um princípio que existe por si só. Ou sua intenção é simplesmente desconhecê-la como direito inato do ser humano. Ao desqualificar esse princípio elee seus pares se sentem livres para tripudiar sobre qualquer pessoa. Esse é o princípio da tirania.

Na linguagem dessa corrente a farsa é apresentada como verdade Quando esta é revelada a respeito deles torna-se insulto. Para eles as conquistas de direitos políticos, civis e trabalhistas são privilégios. As crenças religiosas, ou posições ideológicas, que defendem interesses legítimos de classes sociais, são heresia. Somente suas ideias devem prevalecer, as dos outros é lixo. Essas práticas deixaram marcas profundas na história, como as diásporas de povos inteiros desde a antiguidade até nossos dias, como assistimos pela TV.

A diversidade que permite a sobrevivência das espécies e a exuberância da Natureza, é tornada instrumento de discriminação, como ocorre com os índios, os negros e etnias diversas. A preservação de florestas, de biomas, aquíferos, corais e outras riquezas naturais são desconsideradas em face aos lucros das empresas, especialmente estrangeiras ou as que produzem para as exportações, que recebem gordos subsídios. A criatividade que permite ao homem superar a si mesmo e às adversidades é menosprezada e também criminalizada. A arte, expressão maior do sentimento humano é vista como desnecessária ou mesmo pornografia.

Para encerrar essa pequena lista de barbaridades, confrontemos as riquezas exuberantes do Brasil com a condição social do trabalhador brasileiro. Mal remunerado, desempregado, subempregado, faminto nas favelas e nos mais variados rincões do país, e ainda perdendo direitos duramente conquistados. Quem tem consciência que o valor das mercadorias tem sua fonte exclusiva no trabalho humano, preceito reconhecido pela Igreja Católica em textos do Abade Galiani, de 1751, e nas encíclicas Rerum Novarum e Centesimus Annus, horroriza-nos comparar as condições de nossos trabalhadores com o escândalo da dívida pública brasileira, que transfere um bilhão de reais por dia, em dinheiro, levando 50% do Orçamento da União para os banqueiros distribuírem pelos bilionários do mundo, dentre eles alguns  poucos brasileiros. Enquanto isso a dívida cresce na mesma proporção do pagamento em dinheiro dos juros.

Se quiserem saber onde está a mãe da corrupção no Brasil é fácil. Basta abrir a “caixa-preta” do Banco Central do Brasil. Tudo o mais é cortina de fumaça para esconder a colonização do Brasil em marcha, comandada pela cúpula mundial do capital financeiro internacional.

Estamos sendo submetidos a um massacre, não pelos erros daqueles que representavam e representam a todos, mais a eles (a elite colonizadora) que a nós, porque a eles foi dado quase tudo, enquanto para nós, os produtores da riqueza, quase nada. Nunca esquecendo: com nossa conivência, é claro. Agora querem nossa absoluta subordinação, a servidão, a escravidão, se assim o considerarem necessário. Mas não vamos ceder. Para isso algumas providências precisam ser tomadas. A primeira é combater suas armas mais perigosas: nossa alienação, construída por seus poderosos meios de comunicação, e seus meios de coação, sendo o pior deles seu dinheiro falso. Pensem nisso.

Rio de Janeiro, 08/11/2018.

22, outubro 2018 5:21
Por admin

Prezada(o) amiga(o),

Diante de tanta calamidade, gerada pela extrema direita brasileira, aliada à máfia do capital financeiro internacional, sinto-me na obrigação de definir minha posição em defesa do Brasil, dos brasileiros e da humanidade, de forma clara e insofismável.

Um grande abraço,

Arnaldo Mourthé

 

Declaração solene

Chegou a hora extrema da verdade. Estão atacando a nossa própria existência, enquanto povo e Nação. O que querem é liquidar nossas instituições e nossa vontade. Não há mais muro onde se equilibrar e tentar livrar-se de nossas responsabilidades. Só não vê quem não quer, ou está completamente dominado pela vontade do dominador ou associado a ele. De minha parte já tomei minha decisão, há muito tempo: vou combatê-los com todas as forças que eu puder mobilizar.

Eu quero um Brasil de Paz e Fraternidade.

Não às armas, ao ódio, à insolência, à hipocrisia!…

Arnaldo Mourthé

10, outubro 2018 10:18
Por admin

 

Onde estará nossa consciência?

Arnaldo Mourthé

Mergulhamos no mundo do caos. Lá se foram as referências que nos orientavam. Esta é apenas uma situação de transição, rápida, pois o caos não tem sustentação. Preparemo-nos para mudanças. Mas que mudanças? Há algumas opções. Uma está clara, o retorno ao reino das trevas, a maior expressão saída das urnas do dia 7 de outubro. A porta de retorno à barbárie está aberta. Aqueles que querem viver o mundo da violência e do egoísmo já têm um portal para entrarem. Boa viagem! Não faltarão emoções, medo, ódio, angústia, disputas diversas, dominadores e dominados. O amor será um luxo. Será o império da lei do mais forte, onde a guerra será a glória para o vencedor. Ai dos vencidos! Esse portal convida-o para a aventura, com bilhete de ida, mas sem retorno previsível. Atenção para os riscos!

Haverá também outro portal. Este de luz, para aqueles que preferem o amor, a paz e a fraternidade. Mas seu acesso é individual. Cada um de nós deve abri-lo dentro de si mesmo. Ele estará à nossa disposição, mas só abrirá para aqueles que praticarem o amor ao próximo, ou incondicional. Muitos poderão ajudá-lo a encontrá-lo, mas ninguém está credenciado a empurrá-lo para dentro dele. A escolha é sua. Ele é a opção pela liberdade, sua e do outro.

Na primeira opção você terá sua oportunidade de aprender aquilo que lhe foi oferecido nesta sua aventura no planeta Terra, mas você a perdeu porque seu egoísmo não o permitiu reconhecer o direito do outro e o amor ao próximo. Você se fechou no seu mundinho mesquinho e permitiu que a miséria, a ignorância, o sofrimento, a violência se abatessem sobre tantos outros. Isso deformou a sociedade, fez prosperar a desigualdade e a opressão a ponto do Planeta não resistir a todos seus descalabros. Ele adoeceu e reagiu febrilmente a tanto descalabro, expulsando de dentro de si os males que lhe foram impostos pelo egoísmo e desatinos dos humanos, contra seus semelhantes e contra a Natureza. Seu equilíbrio precisa ser restabelecido. Para isso é necessária a paz entre os homens, que só será possível através da prática do amor e da fraternidade.

O quadro caótico que agora atravessamos é consequência dos nossos desatinos no descumprimento dos princípios e leis que regem o Universo. Não vem ao caso nesse artigo aprofundarmos        sobre essa questão, pois isso não nos permitiria complementar nosso raciocínio na análise objetiva do momento que vivemos no Brasil. O fenômeno que ocorre aqui também se apresenta pelo mundo afora, conforme as condições objetivas de  cada país ou região pelas mais diversas razões, inclusive culturais. Nossa análise se limita a nós mesmos, por conhecermos melhor nossa realidade, diferente para cada povo e nação.

Chegou a hora da verdade, caros amigos. Ela se revelará plena e claramente, de forma insofismável, mas poderá ser tarde demais para muito de nós, mergulhados em nossos pequenos e grandes vícios, levando vidas perdulárias e desrespeitosas para com os outros. As eleições que estamos assistindo são a exacerbação de nossas práticas sociais mais perversas, originárias de um modelo de exploração colonial predatório e escravista. Cada dia ele é mais predatório e espoliativo. A escravidão formal vem sendo substituída por uma sociedade de excluídos, que faz do nosso trabalhador um escravo do interesse financeiro do patrão sem rosto nem identidade conhecida, e descartável por não custar nada ao empregador. Cada um de nós é submetido à espoliação mais deslavada, por pessoas que nem conhecem nosso país. Pensem nisso.

Aqui cabe uma pergunta. Como foi possível alcançar esse grau de degradação? Ocorre que a humanidade vem sendo submetida há milhares de anos a condições de dominação e/ou de escravidão, através do poder originário da propriedade da terra e de meios de produção, acompanhado de mitos e dogmas que lhe foram incutidas através de ilusões e mentiras criadas para impedir que ela tomasse consciência da realidade. Os instrumentos foram os mais variados ao longo da história. No presente, esse trabalho é feito por um complexo de meios de comunicação que envolve a mídia, a escola, o poder estatal constituído, doutrinas viciosas e até as religiões. O poder constituído, e o oculto que tudo domina, conta com instrumentos poderosos de controle da nossa mente e de repressão, dentre os quais os institutos de pesquisa que acompanham a evolução de nosso pensamento, os serviços de informação, as polícias e as forças armadas.

O descalabro a que chegamos ocorreu pelo egoísmo sem limites manifestado no poder, hoje concentrado no capital financeiro internacional. Tudo é decidido, em última instância, por um pequeno grupo de pessoas organizadas em sociedades secretas. Esse grupo que produziu as grandes guerras mundiais, e de dominação pelo mundo afora, administra uma fortuna que, em dezembro de 2015, equivalia a 2,55 vezes o PIB mundial, segundo levantamentos do FMI. Essa era a soma das dívidas públicas e privadas no mundo. Esse valor só cresce. Na iminência de um colapso financeiro mundial seus chefes arquitetaram um mundo totalmente sob seu controle. Toda a geopolítica mundial gira em torno desta questão, que não vem a público tão claramente pelo temor, ou interesses, dos que a conhecem. Estamos vivendo sob um regime do medo, o terror das sombras.

Levando-se em conta essas informações, muitas coisas ficam esclarecidas, inclusive o comportamento dos últimos governos do Brasil que o colocaram na condição de não poder honrar seus compromissos financeiros, mesmo destruindo os serviços públicos, levando a população à miséria e alienando nossos patrimônios público e privado, a título de reparar o irreparável. Essa situação virá a público com um governo democrático que terá de explicar com todas as letras esses fatos macabros. O colapso financeiro será inevitável. Bancos serão fechados, e bilionários irão para a cadeia. Por isso eles estão tentando eleger um maluco, violento e preconceituoso, presidente da República. Sem nossa liberdade eles terminarão sua obra macabra, transformando o celeiro mundial que é o Brasil em colônia. Em seguida viria a América do Sul e depois outras regiões. Uma demência inacreditável, mas que pode ser conhecida através da pesquisa, até mesmo pela internet. Quase todos esses dados estão lá.

A eleição de 2018 para presidente da República é uma fraude do capital financeiro internacional para dominar o Brasil pela via da nossa complacente democracia dos banqueiros. O alerta está feito. Se elegerem o Xerife para armar os seus e liquidar seus adversários, se assim ele considerar necessário, a catástrofe será completa. Depois disso só nos restará clamar aos Céus.

Rio de Janeiro, 09/10/2018.

06, outubro 2018 1:59
Por admin

Em defesa da vida e da dignidade humana

Arnaldo Mourthé

Esta nossa eleição não é como as outras que conhecemos. Não se trata apenas de uma disputa entre setores da sociedade, representados por correntes políticas ou partidos, por esse ou aquele interesse, em um quadro de estabilidade aceito pela maioria da população. Ela trata de questões mais profundas, de direitos fundamentais do ser humano, dos quais destacamos os direitos à vida, à liberdade e à igualdade, dentre muitos outros.

Estamos ameaçados de perdermos conquistas ancestrais, ensinadas pelos grandes pensadores e líderes religiosos da antiguidade, além daquelas republicanas com origem há quase três milênios no mundo helênico, no Mar Mediterrâneo. Tudo isso em nome de uma Ordem, que se revela em desordem e violência, e um Progresso, que só serve aos poderosos, enquanto espalha a miséria, a ignorância e o sofrimento para a maioria da população. Os brasileiros obtiveram grande parte dessas conquistas em período muito curto, da Revolução de 30 até o golpe de estado de 1964. Dentre elas o voto feminino, as leis trabalhistas e sociais, a Justiça Eleitoral, a escola e a saúde públicas de boa qualidade e as indústrias de base estatais que impulsionaram a economia brasileira, mas que agora vêm sendo privatizadas a preço de banana, como se nós brasileiros não fôssemos competentes para nos autogovernar.

Esse risco enorme tem como única justificativa a figura da corrupção, praticada pelas próprias elites que, a título de combatê-la, querem demolir nosso Estado e destruir nossa Sociedade. Isso se chama fascismo, sistema político antidemocrático criado por Mussolini, que inspirou Hitler, na Alemanha, Franco, na Espanha e Salazar, em Portugal, cada um com suas características próprias, mas todos opressores, genocidas e causadores de guerras que continuam na nossa triste memória. O nosso fascismo tem um componente pior que os citados acima, ele é contra a Nação brasileira. Denigre nosso povo e suas origens. Despreza as mulheres e nossa diversidade cultural, abre nossas fronteiras à espoliação estrangeira. Além de retrocesso histórico é perverso, mergulha a Nação no obscurantismo e na violência.

Mas, não é preciso desesperar por causa de tudo isso. As crises são também momentos de oportunidades. Você, caro concidadão, pode, com seu voto, mudar tudo isso nos dois turnos desta eleição, derrotando o candidato fascista, basta escolher corretamente, no primeiro turno, o candidato que derrotará o fascista no segundo turno. Somente um deles tem condição de fazê-lo. Seu nome é Ciro Gomes, o número 12. Quem diz isso são vocês mesmos eleitores, através das pesquisas de intenção de votos. Mas é preciso que ele chegue ao segundo turno para derrotar o fascista. O outro candidato, mesmo que seja de sua preferência, perderá a eleição. Nesse caso seu inimigo alcançará o poder. Depois disso só apelando a Deus, porque você não fez sua parte na defesa de sua família, de seu povo, de sua Nação. Não se deixe iludir pela paixão. Se você quer justiça para com seu líder, o caminho é um só: derrotar o fascista.

Nunca um povo teve a oportunidade de resolver seu destino com apenas seus votos. Seja inteligente e leal para com os seus. Derrotemos o fascista para construirmos uma nova sociedade de Paz e Fraternidade no nosso querido Brasil.

Rio de Janeiro, 06/10/2018.

03, outubro 2018 11:07
Por admin

Aos católicos eleitores de Haddad e a outros iludidos por aí

Arnaldo Mourthé

Há pouco mais de uma semana escrevi o artigo: Questão de bom senso! É Ciro ou o caos! Nele analiso as contradições do voto do eleitor nesta eleição truncada, cortina de fumaça para esconder nossa realidade perversa. Voltaremos depois a essa questão.

O quadro político que vivemos está orientado para que não se expresse a verdadeira vontade do nosso povo: caminhar para uma sociedade mais justa de forma ordeira e pacífica. Ou seja, na qual sejam resolvidos nossos graves problemas humanos/sociais, com o diálogo aberto e sincero, baseado na verdade e na fraternidade. Tudo foi armado para que se acirrasse os ânimos e fossem ampliados os conflitos sociais e políticos. Assim, a verdade, escondida por falsidades de toda ordem e pela propaganda enganosa, não se revela. Podemos então sermos manipulados como boiada levada para o abatedouro, no caso mais precisamente para uma condição de colonos ou escravos de pequenos grupos de poderosos donos do dinheiro, diga-se de passagem, sem lastro ou simplesmente falso, como os juros da dívida pública.

Tudo parece dar certo para esses senhores sem face e sem alma. Mas não é bem assim. Há aqueles que não foram iludidos, ou alienados como dizem alguns, por essa máquina de lavagem cerebral que envolve poderosas instituições e uma mídia mercenária. Há ainda, e haverá sempre, pessoas lúcidas que viveram os horrores da ditadura e não se dobraram à prepotência nem à perfídia. Nós somos hoje os testemunhos vivos da história. Outros, que se foram, deixaram seus depoimentos em arte e verso para a eternidade. Não seremos iludidos nem deixaremos passar em branco as manipulações para enganar a opinião pública, nem a hipocrisia que permite a muitos passar por “gente fina”, enquanto apoiam  toda sorte de injustiças e perversidades.

Voltemos nossa atenção aos católicos que acreditam seguir os ensinamentos do Mestre Jesus e praticar as virtudes que ele nos ensinou. A maior delas foi “amar ao próximo como a si mesmo”, ensinamento que no espiritualismo é conhecido por “amor incondicional”. Essa virtude é a da compaixão, que dificilmente é praticada por causa do egoísmo gerado por nosso individualismo que rege nossa sociedade perversa. É esse individualismo que faz com que o cidadão deixa de sê-lo, ao abandonar sua unidade com os demais, aqueles com iguais direitos e deveres, por maior que seja a nossa diversidade. Esta se transforma em conflito que pode chegar à guerra, que destrói o próprio ser humano e o que ele construiu.

Essa deformação de nosso comportamento está acontecendo agora conosco, o que eu mostro no artigo referido acima, demonstrando que apesar de termos uma visão do interesse comum quando avaliamos a intenção de voto no segundo turno das eleições nós inviabilizamos essa possibilidade de satisfação de nossa vocação em defesa do Brasil em uma disputa irracional, com base no voto contra o outro, no lugar daquele em favor de uma causa justa e coletiva. Nós estamos jogando no lixo nossa oportunidade de sermos a comunidade de uma nação soberana, e tornando-nos presas fáceis de forças perversas que buscam a qualquer preço nos submeter.

O próprio Mestre Jesus que citamos acima, deixou, há dois mil anos, a fórmula para superarmos essa situação quando disse: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, mas preferimos escolher a mentira que nos escraviza. Mas isso não é culpa de cada um de nós em particular. Nós vimos sendo, há milênios, preparados para sermos assim. E já o fomos quando nós – enquanto a turba ignara de Jerusalém – escolhemos libertar Barrabás no lugar de Jesus, último recurso usado por Pilatos para amenizar seu ato desumano de lavar as mãos, diante do fundamentalismo dos sacerdotes do Templo. Esse ato de lavar as mãos vem sendo usado desde então de forma sempre dramática. Citemos apenas alguns casos:

O Vaticano repetiu o gesto de lavar as mãos, muitas vezes.  Fez acordo com Mussolini em 1938, evento que ficou expresso na construção, em Roma, da ‘via della Concilizione”. Tentou convencer a Polônia a ceder território seu a Hitler e lavou as mãos quando da invasão desse país, na ilusão de que o fuhrer destruiria o regime Soviético. Apoiou abertamente o golpe militar de 1964 no Brasil, liderando o movimento fascista “Pátria, Família e Propriedade” contra João Goulart, como se ele fosse comunista. Depois se arrependeu e apoiou a anistia, que favoreceu especialmente os militares criminosos. Vale lembrar seu compromisso histórico com o movimento “Tortura nunca mais”.

Agora, de novo, quer se colocar à margem da nova investida fascista nesta eleição, apesar de todas as manifestações do Papa Francisco em defesa da diversidade e contra a discriminação e a violência. Enquanto isso, o Bispo Macedo, protegido e protetor do capital financeiro internacional, desembarca com seu fundamentalismo religioso no outro fundamentalismo político, militar e econômico, para forçar a continuidade da bipolarização da eleição entre este e o PT. Não há santo nessa história. Os dois tratam de seus próprios interesses, enquanto conciliam com a mãe de todas as crises e do caos que nos ameaça, o capital financeiro internacional. Só não vê quem não quer. Aqueles que, embora não sejam beneficiários diretos do caos, se sentem seguros na sua falsa zona de conforto ajudam a demolir a Nação brasileira, a aprofundar a crise e a jogar a população na miséria e no abandono.

Acordem católicos! Chegou a hora da separação do joio do trigo. Quem anunciou isso foi o próprio Jesus Cristo. Chegou a sua hora de escolher: ser joio ou ser trigo? Entregar o país e seu povo indefeso ao fundamentalismo, ou reagir e fazer prevalecer o desejo da maioria da população: a unidade do povo brasileiro. Somente colocando Ciro no segundo turno derrotaremos o fascista e os fundamentalismos que o cercam. Teimar em manter o Haddad na disputa é suicídio. Além de não vencer o fascista, ele não tem a menor condição de enfrentar a diversidade que encontraria no governo, pois seu partido está comprometido até o pescoço com o capital financeiro e a corrupção que ele produziu. Informe-se antes de aceitar o suicídio.

A escolha é sua, a responsabilidade pelo que virá também. Não adiantará chorar sobre o leite que você mesmo derramou. Depois não venha colocar o culpa no outro. Não há mais espaço para a hipocrisia.

Rio de Janeiro, 03/10/2018.

21, setembro 2018 6:15
Por admin

Questão de bom senso! É Ciro ou o caos!

Arnaldo Mourthé

Em 13/9/2016, publiquei um artigo sobre a crise política de então, do qual transcrevo alguns trechos abaixo:

… “Se observarmos atentamente as posições das pessoas nas suas participações em manifestações ou através da imprensa, verificamos que as posições são na sua grande maioria contrárias a alguma coisa e não a favor de outras coisas.”… “Todas as posições poderão ser plenamente justificadas separadamente. Mas o conjunto delas demonstra uma tendência para a negatividade e não pela afirmação que se manifestaria por reivindicações claras”… “Tudo isso indica que é necessário que os brasileiros comecem a pensar mais positivamente, ou seja, a favor do atendimento de suas necessidades, inclusive da sua própria segurança e da Nação, em vez de buscar culpados pelo caos que vivemos sem qualquer conhecimento das causas mais profundas de tudo isso.”…

            … “Diante desse quadro, sugiro que passemos a pensar mais nas nossas necessidades e nas formas de atendê-las, a partir de melhores salários, na escola para nossos filhos, na saúde honesta e gratuita, como ocorre nos países europeus, no desenvolvimento econômico voltado para os interesses nacionais e na soberania da Nação brasileira que o povo nas ruas pediu em junho de 2013. Mas como obter tudo isso? Devemos trabalhar todos em função de programas de atendimento de nossas necessidades e de nossas vontades na medida da possibilidade de cada um.”

Mas não foi o que ocorreu. A paixão da luta gerada pelo impeachment da Presidente, fez cegar a maioria da população, que de lá para cá troca insultos, ofensas e acusações, ora fundadas ora não. A Nação havia sido dividida ao meio na eleição de 2014. De um lado o candidato da burguesia, que atendia os interesses dos mais agraciados. Do outro, a candidata mais popular, autointitulada de esquerda, que também defendia os interesses da grande burguesia, mas se cobria com o manto de uma política populista compensatória para aliviar o sofrimento dos mais pobres massacrados pelas elites e pelo capital estrangeiro.

Os dois enganaram o eleitorado e deu no que deu. A Nação dividida caminhou para o colapso. Estamos vivendo a pior de todas as crises, e muitos dos seus efeitos foram potencializados negativamente por nossa desunião. Estamos inertes em face de inimigos poderosos que constroem nossa dominação.

Agora, nas vésperas da eleição presidencial, o quadro dessa divisão se manifesta de forma dantesca. Parece o “inferno de Dante”. Parte da população tomou consciência dos riscos do radicalismo inconsequente que impera ainda entre nós. Vejamos como isso se manifesta nas pesquisas de intenção de voto dos eleitores. Os dois candidatos que representam os dois lados da divisão de 2014 polarizaram as eleições pelo caminho mais estapafúrdio, o da negatividade. Eles não são candidatos de programas construtivos. Alimentam-se da negação do outro, da forma mais grotesca, porque sem qualquer fundamento construtivo. Não entraremos aqui em questões políticas que só alimentaria a polarização, mas no seu aspecto destrutivo, das instituições, da Nação, e da sociedade que as criou. Qualquer que seja o resultado da eleição, a favor de um ou de outro dos polarizados será um desastre. Qualquer homem comum pode verificar isso. Vamos apenas dar alguns sinais para evidenciar isso.

A última pesquisa de opinião do IBOP já indica um fato que arrepia o analista. O percentual de rejeição dos dois primeiros colocados nas pesquisas, aqueles que polarizam a campanha, cada um se colocando como o bem, enquanto o outro representa o mal. A intenção de votos para os dois no segundo turno é menor que sua rejeição pelo eleitorado. Isso quer dizer que, mantida essa situação, o futuro presidente seria recusado pela grande maioria dos brasileiros. Como enfrentar a gigantesca crise que atravessamos com um presidente sem o respaldo da população. Não faremos qualquer observação sobre a pessoa ou a representação política dos candidatos. Apenas relatamos o juízo que o eleitor faz deles. Os dois que estariam no segundo turno se a eleição fosse hoje não representam o eleitorado brasileiro.

Isso não quer dizer, necessariamente, que a eleição seja a negação da instituição que os políticos e juristas gostam de chamar de Estado de Direito. As pesquisas de intenção de voto mostram apenas que o sistema eleitoral é  falho e pode produzir uma aberração, mesmo que na contagem de votos não haja fraude.

O interessante é que a pesquisa de outra entidade, a Datafolha, confirma  a do IBOP, com pequena divergência nas hipóteses de outras candidaturas no segundo turno, que não seja necessariamente os dois primeiros colocados na pesquisa. No confronto entre cada um dos primeiros colocados nas pesquisas com o candidato Ciro Gomes, este ganha dos dois. Na da Datafolha, posterior à do IBOP, a diferença a favor de Ciro é maior. Para um analista atento, isso significa que Ciro tende a crescer e que há pelo menos em torno de 30% do eleitorado com  bom senso no Brasil, número de migrações para Ciro, no segundo turno, de eleitores que hoje  votam em outros candidatos pelas mais variadas razões.

Esse fenômeno só ocorre de forma clara com o candidato Ciro Gomes. Ele evidencia a preocupação dos eleitores com a vitória de qualquer dos dois que polarizaram a eleição. Mas de nada adianta esse bom senso depois do desastre ocorrer no primeiro turno, pois estariam no segundo turno somente os dois atuais primeiros colocados no primeiro.

Esclareço que não tenho compromissos eleitorais nem trabalho para nenhum dos candidatos. Optei por ficar fora do jogo eleitoral, por razões que não cabe aqui explicar. Mas pela minha experiência de mais de meio século de política no Brasil, e fora dele – em comprimento de missões políticas – não me permite alhear-me desse evento fundamental para o Brasil, em momento tão doloroso. Se as pessoas de bom senso, mobilizadas nas  campanhas periféricas e, até mesmo, alguns daqueles que apoiam os candidatos rejeitados pela maioria da população não reverem suas posições, aliando-se com Ciro, provavelmente teremos uma catástrofe: um país ingovernável por falta de confiança da população nos seus representantes. Já estamos vivendo o mais doloroso momento do Brasil agravado pelo desgoverno que está destruindo nosso Estado e nossa Sociedade, ou seja, nossa Nação.

Apelo a todos para a uma reflexão. Cometido o erro que apontamos, não adiantará chorar sobre o leite derramado.

Rio de Janeiro, 21/9/2018.

18, setembro 2018 6:05
Por admin

 

A transmutação

Arnaldo Mourthé

A condição caótica que a humanidade atravessa ultrapassa a compreensão da maioria das pessoas. Tudo que parecia ter uma lógica, mesmo que ela não atendesse nossas expectativas, já nos parece confuso e contraditório. Nossa percepção está correta: tudo está confuso e contraditório. Isto é, nossa competência tornou-se insuficiente para analisar as situações, mesmo aquelas às quais estávamos habituados. Os que se consideravam sábios, são os mais confusos. Suas observações, consideradas anteriormente sábias, tornaram-se frágeis, incapazes de explicar aquilo que anteriormente eles pareciam dominar no plano teórico, da razão. Quando insistem nos seus supostos conhecimentos, tornam-se dogmáticos, autoritários e irrecorríveis, avessos ao contraditório.

O futuro parece-nos nebuloso, mesmo indecifrável. Seria o “fim dos tempos”? Essa expressão, encontrada em textos bíblicos, e repetida por muitos sem qualquer reflexão, assusta alguns. Há quem tire proveito disso “vendendo” o Céu para pobres crentes. O “Fim dos tempos” não é o fim do Mundo. Trata-se realmente de certo tempo, certa época, certa condição. O termo Apocalipse, usado como catástrofe, não tem esse significado da sua origem, que é Revelação. Um momento de revelação, onde a verdade será conhecida. Simples assim. Esse é o novo tempo do fenômeno da transmutação, a superação de uma condição para alcançar outra condição superior.

O fato é que vivemos um tempo de mudanças radicais. Alguns podem não saber, mas tudo que existe, da luz mais sutil à matéria mais densa, é energia. Foi esse conhecimento que levou Einstein a formular a relação entre matéria e energia na sua conhecida fórmula E=mc², que permitiu aos cientistas construírem a bomba nuclear, triste decisão. Sendo tudo energia, como podem existir tantas coisas diferentes? Simplesmente pelo nível de vibração da energia. A cada nível de vibração ela se manifesta de uma maneira diferente, da matéria mais inerte à luz mais sutil. Há muitas coisas que não conseguimos compreender, pois nosso saber está restrito à condição na qual vivemos e a nossas experiências. A partir de certo nível de vibração da energia é possível ocorrer a vida como nós a conhecemos, os micro organismos, as plantas, até o ser racional que é o homem. Mas há vida além dessas que conhecemos. São os espíritos nas suas mais diversas expressões. Tudo isso forma o Universo ou os universos, como formulam alguns.

Sem esses conhecimentos e outros que podemos alcançar não é possível interpretar de forma correta o que ocorre no Planeta Terra. A crise que vivemos no Brasil está em todo o Planeta, em manifestações tão diversas que alguns não percebem a crise. Isso porque ela não é só financeira, econômica, institucional, ética e moral, mas uma crise de mudanças de condições vibracionais do próprio Planeta, e mais que isso, de parte do Universo. Entretanto, isso não significa que nós não tenhamos responsabilidades na crise que vivemos, porque nossa ignorância trava sua solução. Nós fazemos parte do Planeta. Nossos pensamentos, que são vibração energética, atuam sobre a Natureza e, sobretudo, sobre as outras pessoas imobilizando-as nos seus pensamentos errôneos e dogmas, crenças infundadas. Essas pessoas mantêm a vibração da condição anterior, na qual vivíamos, impedindo que a nova condição de vibração superior se imponha alterando as conflituosas que nos mantêm indefesos diante do egoísmo dos dominadores, que fazem de nós joguetes e nos escravizam.

O caos que estamos vivendo ainda existe devido à nossa ignorância que nos leva a atitudes negativas, principalmente ao conflito com os outros, nossos semelhantes e com a própria Natureza. Hoje, no Brasil, esse conflito se manifesta na sua forma mais expressiva nos embates eleitorais. No acirramento das vontades, sem verdadeiros fundamentos, gerados por nossas ilusões. Essas nos são impostas, desde nosso nascimento quando nos deparamos com preconceitos que nos são incutidos de forma sistemática por um sistema perverso, ao qual não escapam nem as pessoas de boa vontade e nossos familiares que nos criam com tanto amor. A alienação é sistêmica. Não vou citar exemplos para não ofender a pessoas de boa fé, nas suas mais variadas crenças que incluem pensamentos errôneos inoculados nos seus cérebros, de tal forma que parecem a mais pura verdade.

Prezados amigos. Parece que o Apocalipse catástrofe chegou para nós, mas isso é apenas mais uma ilusão. O que chegou é a Revelação. É a esta que Jesus de Nazaré se referia ao afirmar conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Essa libertação implica em outro fenômeno a que ele se referiu como a separação do joio do trigo. Está apenas em nossas mãos  alinharmos com a fraternidade e conseguirmos nossa libertação, ser o trigo, ou com o egoísmo e escolher ser o joio.

Rio de Janeiro, 14/9/2018.

07, setembro 2018 10:35
Por admin

“O quinto dos infernos”

Arnaldo Mourthé

Nos primórdios da colonização do Brasil D. João III decidiu conceder a exploração do território a pessoas de sua confiança e com posses, capazes de fazer os investimentos necessários a tamanha empreitada. Isso se deu nos anos de 1534 a 1536. Assim foram criadas as capitanias hereditárias, concessões territoriais aos donatários, seus governadores, com o poder de explorarem suas riquezas, mas sem direito de propriedade das terras. Para tal ele usou dois instrumentos jurídicos, a Carta de Doação, que concedia a posse e a Carta Foral, que explicitava direitos e deveres dos donatários. Foram doze donatários para as quinze capitanias criadas. A eles foi conferido o direito de escravizar os índios, para os trabalhos na lavoura ou para enviá-los a Portugal, nesse caso em número limitado. Lhes era garantido o direito de cobrar 10% sobre as pedras e metais preciosos retirados de seu território e o dever de recolher mais 20% para a Coroa portuguesa. A liberdade do donatário era enorme. Ele administrava e explorava o território, tinha o poder de subconceder terras para exploração a terceiros e de combater os intrusos ou os índios que impedissem as ações de colonização.

No período da exploração do ouro na região das Minas, de onde veio o nome do Estado, Minas Gerais, foi mantido o tributo de 20% do valor de todo ouro ali extraído. A riqueza era enorme. Apenas a região das Minas produzia mais ouro que todo o resto do mundo. Daí a riqueza do Império português. Ouro preto era a segunda maior cidade do Império, depois de Lisboa. Era também a segunda maior cidade das Américas, depois da cidade do México,  construída sobre a capital do Império Asteca. O Brasil não apenas financiou a expansão do Império português como enriqueceu os banqueiro da Inglaterra e dos Países Baixos. Dali adveio a força do sistema financeiro mundial  que hoje invade o mundo por toda parte na tentativa de dominá-lo.

Com a redução das minas de aluvião, as catas, e o impedimento da criação de indústrias necessárias para a produção de equipamentos para a perfuração de minas e buscar o ouro nas entranhas da terra, como mais tarde se fez e até hoje se faz. Houve uma grave crise econômica nas áreas de mineração. A indignação dos mineiros produziu o momento independentista Inconfidência Mineira, que todos nós devemos conhecer. Mesmo assim o quinto do ouro foi mantido a ferro e fogo. Os catadores se arruinavam e a economia se estagnava. Quando da cobrança do tributo, o contribuinte costumava dizer: “Vai buscar o quinto nos infernos”. Daí surgiu a expressão “quinto dos infernos”, o imposto cobrado para a Corte portuguesa, título deste artigo.

Apesar dos tributos à Corte e dos 350 anos de escravidão o Brasil se fez Nação. Mas nossa nação está sendo demolida pelo novo “quinto dos infernos”, que são os juros da dívida pública brasileira. Os Inconfidentes de insurgiram contra a cobrança do quinto do ouro. Mas o Brasil continuou a trabalhar para manter-se e crescer, além de alimentar os vampiros internacionais. Não fosse essa espoliação seria uma das nações gigantes do Planeta. Mas a espoliação cresceu exponencialmente. Nós não pagamos apenas o “quinto do ouro” e dos outros metais e pedras preciosas. Nós pagamos “o quinto dos infernos” sobre tudo o que nós produzimos, mercadorias ou serviços. Essa situação fez com que nossos serviços públicos se deteriorassem e nosso patrimônio, público e privado, vendido ao capital estrangeiro. Somos hoje uma nação ocupada pelo capital financeiro, fonte da epidemia de corrupção que demole e desagrega o País. Se você duvida do que afirmei acima, informe-se sobre a dívida pública e suas consequências, e a participação do capital estrangeiro na nossa economia.

A queima do Museu Nacional não foi por omissão ou descaso de gestores ou funcionários. Pelo contrário, eles se sacrificaram durante muitos anos para mantê-lo funcionando. Ela foi produzida pela demolição do Estado e da Sociedade, de forma deliberada pela ganância dos investidores e a corrupção de políticos e formadores de opinião.

Nós já nos referimos à Inconfidência Mineira. Lembremo-nos também dos abolicionistas que combateram a escravidão. Foram muitos. Para representá-los, transcrevo abaixo pequenos trechos de dois poemas de Castro Alves, “Navio negreiro” e “Vozes d’África”.

 

Navio negreiro

Senhor Deus dos desgraçados!  
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?…
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados  
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz? 

                        *

Vozes d’África

Deus ó Deus! Onde estás que não respondes?

Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes

Embuçado nos céus?

Há dois mil anos te mandei meu grito,

Que embalde desde então corre o infinito…

Onde estás, Senhor Deus?…

A resposta virá, embora muitos não creem. E é para já!

Rio de Janeiro, 05/9/2018.

 

03, setembro 2018 7:08
Por admin

Que o Museu Nacional seja o último patrimônio do Brasil a ser queimado!

Arnaldo Mourthé

Dia 2 de setembro. Um nova data da coleção das tragédias nacionais. O fogo devastou o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Terá sido acidental o sinistro? Não o foi. Ele era previsível, dado o descaso das autoridades para com a coisa pública. Ainda há a hipótese que tenha sido criminoso. A proliferação das chamas foi de uma rapidez difícil de ser compreendida. Basta observar o prédio do alto. Um edifício com aquela extensão não poderia ser todo alcançado pelas chamas em tão pouco tempo, considerado o relato de quem acionou o corpo de bombeiros e a presteza do atendimento à chamada: seis minutos. Mas essa é uma questão de polícia, embora seja de nossa responsabilidade investigá-la. A proporção do evento e seus significados nos impõe esse cuidado.

O Museu Nacional não é um caso isolado. Ele é um ponto de uma enorme série de eventos que visam destruir nossos patrimônios públicos, para desorganizar nossa sociedade, a fim de prepará-la para aceitar a submissão ao atual candidato a ser nosso senhor. O primeiro senhor foi a Coroa portuguesa, que o fez através das Capitanias Hereditárias, que implantaram a escravidão no Brasil, primeiro dos índios, o que não conseguiram viabilizar, depois dos africanos capturados ou comprados dos reis tribais que os capturavam de outras tribos. Instituiu-se um sistema escravista que se manteve por 350 anos. Depois foram os barões, da cana, do ouro e do café, que constituíram uma casta, que deixou como descendentes uma elite  calhorda que insiste que o Brasil é propriedade dela.

Dos senhores de engenho aos barões do café, as castas que dominavam o Brasil pela concessão ou propriedade das terras viveram da aliança com o explorador estrangeiro, cortes, traficantes de escravos e mercantilistas de toda espécie, para a espoliação do povo brasileiro e do nosso território, pródigo em madeiras, produtos agrícolas, ouro e pedras preciosas, e minério de toda espécie.

Houve um momento que a população se viu tão humilhada e espoliada, que se lembrou dos Inconfidentes Mineiros e revoltou-se. Isso foi na segunda década do século XX. Começou com a greve geral em São Paulo em 1917, onde já havia um embrião da classe operária nascida da recente industrialização e da urbanização consequente. Na segunda década do século XX, a indignação manifestou-se nas revoltas dos tenentes pelo Brasil afora, e nos movimentos dos intelectuais, cuja maior expressão foi a Semana da Arte Moderna de São Paulo, em 1922.

O Brasil amadurecera para tomar conta de seu destino. A crise econômica de 1929, que se iniciou nos EUA, faliu cafeicultores e banqueiros. Os “barões do café” desesperado tramaram manterem-se no poder para aplicar uma política financistas que os beneficiasse e os tirasse da crise, com mais sacrifícios da população trabalhadora, operários e classe média. Fraudaram a eleição a favor de seu candidato. A população se indignou e os estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais decidiram intervir. Houve a Revolução de 30, que deu um rumo ao Brasil buscando a industrialização e a proteção do trabalhador, através de uma política social, priorizando a educação, a saúde e a legislação social, através das leis trabalhistas e da Previdência Social, e da extensão às mulheres do direito ao voto.

A elite calhorda desbancada do poder não se conformou. Aliou-se a interesses estrangeiros e, juntos, investiram contra os presidentes progressistas, especialmente, Getúlio e Juscelino. Uma conspiração alimentada pela corrupção levou Getúlio ao suicídio e, mais tarde, tentou impedir a posse de Juscelino. Quando sua tentativa da elite de voltar ao poder tropeçou no rompante de Jânio, que ela conseguiu eleger contra o general Lott, mas que não conseguiu governar por contradições internas de seus apoiadores. Sobrou o governo para Jango que tentou resgatar a política social e de desenvolvimento de Getúlio. Veio o golpe de Estado com apoio ostensivo das corporações internacionais e do próprio governo dos EUA. Depois disso todos conhecem a história. A ditadura, com sua atrocidade e obscurantismo, e os governo que vieram depois, controlados pelos deputados corruptos da elite e pelo capital financeiro que financiou desde FHC à tragédia nacional de hoje. Daí para cá começou a ser queimado nosso patrimônio.

Tudo começou o ataque sistemático à Constituição de 1988, que Ulisses Guimarães via como a “Constituição Cidadão”, mas FHC como um obstáculo a seu projeto de entregar o Brasil ao controle da capital financeiro internacional, classificando todos que a apoiavam de “dinossauros”, no sentido de pré-históricos. Para ele a história deveria começar com o neoliberalismo que escraviza todos aos interesses do capital financeiro. Implantou um projeto de “queima” do patrimônio nacional, público e privado. O capital financeiro comprou tudo, como o os votos dos congressistas para as reforma da constituição, incluindo a da reeleição, e a mídia, que já era dominado em grande medida pelas corporações controladas por ele.

A corrupção torou-se endêmica, infiltrando no público e no privado, especialmente na mídia, que tornou-se dócil e manipulada para enganar a população. Criou-se condições  favoráveis para desmantelar o poder político, submetido ao corruptor, o aparelho de Estado e a economia nacional, que passou a ser fornecedora de “commodities” , minerais e alimentos, que geram os dólares que voltam para sua origem como pagamento dos lucros e juros obtidos pelo capital estrangeiro, sem fronteira e sem lastro: dinheiro falso. Foi criada uma monumental dívida pública para aprisionar os governantes ao capital financeiro e para consumir o orçamento, obtido através de impostos pagos pelo trabalho mal pago do brasileiro.  Os juros da dívida foram comendo todos os impostos e destruindo os serviços públicos. O patrimônio público se  deteriora e as pessoas ficam desassistidas. O déficit orçamentário torna-se volumoso, o que serve de argumento para vender todos os patrimônios públicos. Até o que está debaixo da terra ou do mar, como o petróleo. Querem privatizar o sistema elétrico e com ele as nossas águas fluviais. Fala-se até um privatiza o aquífero Guarani, uma das maiores riquezas da Terra. É a política da terra arrasada. Os números do desmonte espanta o mais pacato do cidadão. As pessoas não reagem porque não conhecem nossa realidade, e não têm nem capacidade para acreditar no que está acontecendo.

O desmonte vai além do patrimônio. Atinge toda a sociedade, a todas as famílias, a todas as pessoas. Mesmo os privilegiados, pois estão deixando de ter uma Pátria. Eles aceitam a condição de vassalos do dominador, o capital financeiro internacional. A saúde, a educação, a cultura,  a qualidade vida, a natureza, a moral, tudo se degrada. A ética não é mais  considerada, pois não há mais respeito ao outro. A mídia é o segundo maior instrumento dessas atrocidades, depois do dinheiro da corrupção.

Esperemos que, ao ver queimado o Museu Nacional, a população acorde de seu sono, que parece eterno, e que dê um não a tudo isso. Que a intelectualidade acomodada no seu aparente conforto acorde também. Ela não escapará ao desmonte. Não serão apenas aqueles que perderam seus empregos as vítimas do capital financeiro nacional e internacional. Seremos todos nós. Está na hora de decidir. Nós ou eles?

Rio de Janeiro, 03/9/2018

05, maio 2022 11:36

Bienal do Livro Rio 2021

13, novembro 2021 12:56

Mini Primavera dos Livros 2021

09, agosto 2021 12:10

Editora Mourthé na FLI BH 2021 - 4a Edição