O segredo do colapso da civilização – Parte V


O Brasil não é problema. É solução

Arnaldo Mourthé

Há uma campanha orquestrada de que o Brasil é um problema. Mas isso é a mais pura mentira, premeditada para nos desacreditar, nos humilhar e nos incutir complexo de inferioridade. Nós vamos desmontar essa afirmação acima e colocar no seu devido lugar a conspiração que montaram contra nós para nos submeter. Querem que aceitemos uma condição de inferioridade no concerto das nações, sob a alegação que somos “uns coitadinhos”. Querem que sejamos um povo colonizado, sem direito à cidadania. Feito isso, o nosso trabalho, se tivermos a oportunidade de tê-lo, por que muitos não o terão, será usado para produzir o que os invasores quiserem, para a realização de seu  projeto imperial de dominar, senão todo o mundo, metade dele.

Vamos à questão. Nós somos hoje 208 milhões de pessoas, das mais variadas origens, a população em um só país mais representativa da humanidade. Aqui vivem, de forma integrada, índios e seus descendentes, e pessoas migradas da Europa, da África, da Ásia e de outros países das Américas. Todos são brasileiros, mesmo que ainda cultivem suas culturas de origens. Isso não é desvantagem. É uma diversidade que nos ensina a conviver com as diferenças, e nos permite aprender com a história de outros povos. Nós somos um povo tão poderoso e numeroso, que nenhuma nação ousará tentar submeter pela força.

Entretanto, o mundo vive uma crise terminal do sistema capitalista de produção, dada suas contradições internas e à ambição que ele desenvolveu nas pessoas. Os poucos portadores de uma fortuna equivalente a de metade da população mundial, buscam fazer sobreviver um sistema que se tornou contrário à vida. Nesse sistema, o lucro, seja qual for ele, se sobrepõe à vida humana e à própria Natureza. Tudo que a humanidade conquistou de positivo corre o risco de ir por terra. Até sua sobrevivência está em perigo. Tudo por um poder egoísta de apropriar-se de tudo e de todos, numa postura sociopata. Esse projeto só é possível de executar em um mundo de ficção, gerado pela mentira sustentada pela corrupção.

Esse grupo controla o mercado financeiro do Ocidente. Seus membros acreditam que podem se salvar colonizando parte do mundo Ocidental, fortalecendo-se para o confronto com outros países que não se deixaram contaminar, pelo menos totalmente, pela ilusão fabricada por eles. Aqui entra em cena o papel do Brasil. Se eles nos dominarem, terão mais facilidade de dominar toda a América do Sul. Tornar-se-iam mais fortes para enfrentar, ainda no seu conceito falso, outros países mais fortes, na sua marcha para conquistar o mundo. Uma grande ilusão, uma loucura. Atenção, não se trata de ficção, é a mais pura realidade. Alguém pode dizer: isso é muito louco! Não pode ser verdade! Para esse faço uma sugestão: verifique as contas da União e conheça a história de Hitler, e seu projeto de fazer da Alemanha um império mundial.  Foi com seu projeto louco que ele produziu a maior guerra da história e a perdeu, destruindo a própria Alemanha e grande parte da Europa. A tática agora não é mais a blitzkrieg (guerra relâmpago), uma onda de tanques em movimento. Ela é a sangria dos juros da dívida que já consomem 50% do orçamento da União. Seus estragos são maiores que os tanques de Hitler. Mas não se pode mencioná-la, pois o corruptor não o permite, enquanto a Nação se estraçalha. A mídia está no bolso do banqueiro.

Estão comprando com dinheiro falso nosso patrimônio construído por nós, a duras penas, em séculos, e especialmente depois da Revolução de 30, que teve um projeto soberano e de justiça social para desenvolver o Brasil. Pois tudo desse projeto, as conquistas sociais, os investimentos em educação, saúde, cultura, seguridade social, ciência e tecnologia, produção de energia, transporte, construção de cidades, está sendo demolido, por ações premeditadas, pelo governo que os banqueiros colocaram no poder no Brasil.

Tudo isso está sendo possível pelas ilusões que incutiram em nós brasileiros, através de agentes mercenários, na mídia, na política, em organizações ideológicas diversas, para que aceitemos o que estão nos fazendo. Isso nos custa caro no nosso próprio dia adia e anula nossos esforços por um futuro melhor. Mas podemos reverter tudo isso. Depende apenas de nós mesmos. De cada um de nós, não daqueles que pensamos serem nossos protetores. Não há ninguém que possa defender-nos se nós mesmos não nos dispomos a nos defender. E não é tão difícil ou caro o que temos a fazer. Basta tomarmos consciência da realidade, não nos deixarmos enganar, e nos unirmos na nossa ação. Não estou sugerido sacrifício de ninguém, apenas empenho e responsabilidade.

Manifestemo-nos, e mostremos ao mundo o que somos: um país poderoso, porque tem um povo valoroso e consciente de suas responsabilidades, para consigo mesmo e para com a humanidade. Nós somos o único país, hoje no mundo, capaz de reverter essa situação de calamidade mundial sem usar a violência. Por várias razões. Nossa ação será pacífica: nós apenas defenderemos aquilo que é nosso de direito; nós somos uma grande população com grande representatividade; nós ocupamos o território mais rico do mundo, em diversidade ambiental, em volume de água potável, em produção de alimentos, em fontes de energia, hidroelétrica, da biomassa e dos hidrocarbonados, em minérios de toda natureza, inclusive os mais raros. Nós somos uma potência, mas parece que não temos consciência disso. Sugiro que nos informemos. Basta ver pela internet aquilo que somos: nossas florestas, nossos rios, nossas cidades, nossas hidrelétricas, nossa agricultura, nossa grandiosa natureza diversificada e encantadora, repleta de sítios arqueológicos, únicos no mundo.

E temos, além de tudo, uma cultura que nenhum outro povo tem, em diversidade e em criatividade. Pois é isso aí! Usemos nossa criatividade para nos unir e nos impor! Combatamos os desmandos do governo, a falsidade da mídia e a soberba dos patrões dos dois, as corporações econômicas e financeiras. Depende de cada um de nós superar a situação de calamidade em que nos meteram. Omitir é pior opção. Vamos à luta!

Rio de Janeiro, 07/01/2017

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